domingo, 31 de agosto de 2008

Política: problema em viaduto é "excesso de opção"



Paula Mattäus

Esqueça caro leitor. Você já deve ter lido em algum lugar: “Brasília, que os nossos horizontes o tragam de volta”, não é mesmo? Sejamos objetivos: todos os caminhos levam a Deus, mas nenhum trazem à Brasília. Vamos ser práticos? Guie teu carro pelas ruas do Plano Piloto e das Cidades – Satélites deste distrito. Encontrou uma opção? Não.

Brasília não foi uma cidade construída para servir aos homens. Os homens são quem servem Brasília. Tá difícil de entender, né? - Vou explicar: recentemente, o governador José Roberto Arruda inaugurou um viaduto na chamada EPTG – Estrada Parque Taguatinga. A este, foi dado o nome de Israel Pinheiro. O motivo da obra? – Atender às demandas da indústria automobilística, que só em Brasília, já despejou mais de um milhão de veículos e mais de cem mil motocicletas, o que, em horários de pico, gera um grande congestionamento, alimentado principalmente depois do centro de Taguatinga até o S I A – Setor de Indústria e Abastecimento.

A população seguia mais de 20 km a reclamar, todos os dias, principalmente nos horários de ida e vinda do trabalho. Sabiam que não tinham outra opção, por isso seguiam. Diferente desta cidade, a cidade de São Paulo têm congestionamentos a perder de vista, mas se queres sair deles, sempre tem uma via expressa ligada por alças de acesso, retornos ou viadutos, o que facilita para quem quer sair de um determinado lugar, chegando rápido ou não ao seu destino.

O problema, com a inauguração do viaduto, (além dos já apontados por esta que vos escreve, tais como: ciclistas que “disputam” calçadas com pedestres, falta de áreas de escape e de ilhas na parte superior da edificação, falta de faixa para ônibus – não se diferencia o que é acostamento de faixa de retenção e por aí vai...), é que a população da cidade, brasilienses ou não, não estão acostumados com facilidades. Os motoristas, principalmente, precisam ser apresentados ao viaduto.

É incoerente o fato de que ele – o viaduto – foi criado para diminuir a concentração de veículos, principalmente os saídos das cidades de Taguatinga, Águas Claras, Vicente Pires e Park Way e mesmo depois das obras, surjam congestionamentos. O “excesso de opções” tem deixado condutores a parar para pensar por onde seguirem, tudo isso por causa das alças de acesso. Como pode - se ver, os homens, mesmo tendo opções ou facilidades, ainda, por um bom tempo, preferirão servir à Brasília... Entendeu? Não? - Deixa eu facilitar para você...

Política: apologia ao crime

Congresso não quer aprovar 68 leis anticorrupção

Paula Mattäus

De acordo com o apurado pelo site do Contas Abertas, em reportagem do jornalista Milton Júnior, vários Projetos de Lei que visam a punição e a prevenção à corrupção, de classificação prioritária, são de vital importância para entrar na “Ordem do Dia”, porém, alguns levam 15 anos para serem votados. Se por ventura estes projetos fossem aprovados, o país contaria hoje com, pelo menos, 68 leis de controle da corrupção.

Para se ter um exemplo de como estas leis poderiam ajudar a população, em um ano de eleições municipais, há candidato que leva em seu currículo a experiência de ter cometido seqüestros ou assaltos, por exemplo. Só para se ter uma idéia, está se propagando o pedido de que os eleitores, ao votarem, tirem retratos da urna eletrônica a fim de atestar sua preferência pelo candidato da “bandidage”.

Em apenas um ano, a exemplo de 2007, foram apresentadas 31 propostas de combate à corrupção – o que corresponde ao mesmo número de propostas sugeridas entre os anos de 1993 e 2006. Neste ano, mais cinco projetos de lei foram colocados a disposição dos parlamentares. Estes projetos tinham a temática direta ou indireta sobre corrupção. Alguns destes projetos tramitavam em conjunto.

O jornalista também aponta a imunidade parlamentar como um dos principais alicerces para casos de escândalos, muitas vezes protagonizados pelos mesmos “artistas”, porém, não se pode deixar de enumerar outros fatores, como o sigilo bancário excessivo, a falta de transparência nos gastos públicos, a elevada quantidade de funções comissionadas e a morosidade da Justiça, para não dizer lerdeza mesmo, como os principais fatos a facilitarem atos de corrupção.

Outro fator é a falta de fiscalização e critérios para elaboração e repasses de recursos de emendas parlamentares. Aliás uma das propostas, de autoria do deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS), era de caracterizar como crime a utilização das emendas parlamentares à lei orçamentária como instrumento de barganha para influir na apreciação de proposições legislativas em tramitação no Congresso. O que, em suma, “cessaria” os jogos entre governo e oposição e alguns “parariam” de brincar de legislar, o que evitaria tristes seções de apelação à falta de bom senso, como a que culminou no fim da cobrança da CPMF, em dezembro de 2007.

Outro ponto levantado por Júnior, foi a divulgação pela Associação dos Magistrados Brasileiros que divulgou, no dia 22 de agosto, os primeiros dados sobre candidatos à eleição desse ano e suas respectivas infrações perante a justiça – os apelidados de “ ficha suja”. Se o Plano de Lei 168 tivesse virado lei, ou seja, se ele tivesse sido aprovado, a justiça tinha um instrumento para impedir à candidatura de indivíduos já condenados por crimes graves a terem acesso a cargos eletivos. O PL 168 é o mais antigo dos projetos que tramitam no Congresso - desde 1993.

domingo, 24 de agosto de 2008

Política: mais uma medalha de bronze para o Brasil

Lula é o 3º presidente latino-americano mais bem avaliado

da Efe, em Santiago


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva é o terceiro líder mais bem avaliado da América Latina --atrás apenas dos chefes de Estado da Colômbia, Álvaro Uribe, e da Costa Rica, Óscar Arias - segundo o centro de pesquisas Barómetro de las Américas, que realizou a pesquisa divulgada hoje pelo jornal chileno "El Mercurio".
A presidente chilena, Michelle Bachelet, aparece em nono lugar, seguida dos líderes de Bolívia, Evo Morales, Argentina, Cristina Fernández de Kirchner, e Venezuela, Hugo Chávez.
Outros dados da pesquisa indicam que a percepção da democracia no Chile como melhor sistema de governo é apoiada por 69,5% dos consultados, número inferior aos 75,1% de chilenos que achavam o mesmo em 2006.
A pesquisa informa ainda que 59,9% dos chilenos preferem a democracia a outros sistemas, enquanto 13,6% escolheram um regime autoritário em vez de outros.
Em comparação com a região, a Argentina figura como o país com maior adesão à democracia, com 86,9%, enquanto no outro extremo está Honduras, com apenas 59,9% de adesão. No Chile, a amostra esteve a cargo do Instituto de Ciência Política da Universidad Católica, que entrevistou 1.527 pessoas entre 7 de dezembro de 2007 e 9 de janeiro de 2008 e que tem uma margem de erro de 2,57%.

domingo, 17 de agosto de 2008

Política: governador “dá bananas” para eleitores


Paula Mattäus

Foram inaugurados nesse sábado, 16 de agosto, pelo governador José Roberto Arruda, em cerimônia, novos quatro viadutos que irão desafogar o trânsito no sentido Taguatinga – Plano – Piloto e também no “Vicentão” – sentido Vicente Pires – Taguatinga. Estavam presentes ao evento, entre a dúzia de autoridades, o secretário de Esportes, Aguinaldo de Jesus, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, o vice – presidente da República, José Alencar e outro vice. O do governo do Distrito Federal, Paulo Octávio.
Os moradores de Águas Claras, Arniqueiras, Park Way e Vicente Pires, (os que possuem carro, obviamente), terão uma melhoria que resultará na redução do tempo percorrido entre idas e vindas do centro da cidade para estas. Em contrapartida, alguns problemas simples passam despercebidos por aqueles que, de certa forma, não foram prejudicados como os usuários do sistema coletivo de transporte, aqueles que vão de cidade para outra à pé ou de bicicleta, ou mesmo os trabalhadores que se utilizam de veículos de tração animal para ganharem o pão, (os carroceiros).
Não foram priorizadas áreas para as práticas de cooper e ciclismo, por exemplo. Os trabalhadores ou moradores que precisem se deslocar de cidades como Águas Claras ou Park Way rumo a Vicente Pires, correm risco de morte caso não façam uso das pistas marginais que dão acesso às pistas de base dos viadutos. Ao sairem delas, felizmente há semáforos, o que diminui o transtorno.
Porém, os que seguirem caminhando e optarem por tomar as vias expressas terão de ter atenção redobrada para isso. Uma solução que já existia e “sumiram” com ela, foi a passarela de pedestres que havia, naquela região, para dar mais segurança à passagem dos mesmos. Contudo, outras medidas de menor porte foram adotas.
Jacas no Cruzeiro. Mangas, abacates, jabuticabas e pitangas no Plano Piloto e, agora, cocos e bananas poderiam ser colhidos se as bananeiras e palmeiras que foram plantadas a mando do GDF – Governo do Distrito Federal –, no sentido “Vicentão” – Park Way dessem frutos.
Seria um incentivo ao desenvolvimento sustentável na cidade, uma melhoria na dieta dos moradores de rua ou dos meninos que ficam nos sinais, a fazerem malabarismos, que além de terem opções para a salada de frutas, (algumas não dão o ano todo...), também poderiam ter mais qualidade de vida, sódio, potássio, vitaminas e sais minerais. Aliás, toda a população poderia ser beneficiada, mas até para isso o governo não usa o bom senso. Quem planta colhe...

domingo, 3 de agosto de 2008

Política: uma perda para o meio - ambiente



Ministro deixa Partido Verde

Paula Mattäus

Para surpresa de quem torce pelo governo e para desentendimento geral da nação, sabe – se que aqui, agora, em Brasília, se trabalha. E muito. É o que descobriu o agora ex – ministro da Cultura Gilberto Gil. As coisas na cidade estavam tão fora dos padrões, digamos, baianamente falando, aceleradas, que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o tinha liberado de sua função para a realização de shows, enquanto ele estivesse em tournée. Mesmo assim, após cinco anos a frente do ministério, Gil decidiu retomar a carreira artística e abandonar o partido.
Com sua saída, outro que, - assim como a governadora do Rio Grande do Sul Yeda Crusius, (PSDB – RS) dá demasiada importância ao verde, só para lembrar: a senhora Crusius foi a primeira governadora a criar uma fábrica de plástico verde no país – coincidentemente, outro a deixar a coisa preta para o Brasil, já que a sua permanência no governo era bem vista pela comunidade internacional.

O ministro, que deixa o cargo, só pediu uma coisa ao presidente da República: "Não, não chores mais... Não, não chores mais".