segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Política:uma ilustre mudança

Foto: Paula Mattäus

Lula, ao que parece, optou por "deixar" a Granja do Torto rumo a Ceilândia. É, aqui mesmo, pertinho da “Faixa de Gaza". Como os senhores, (as), podem ver, está a ser recebido com muito "calorosa recepção"... Diga se de passagem, um pouco atrasada, fazer o quê...

Então tá...


Política:batendo, pela sexta vez, na porta do Céu


Paula Mattäus

Esse negócio de ser político deve ser muito bom. Governador então... uma maravilha! Passagem direta para entrar na “Glória” sem check – in, nem purgatório. Em um Céu de cor diferente, de uma tonalidade de azul bem conhecida em Brasília. (Não, não é proveniente de algum metal refletindo a poluição). É Joaquim Domingos Roriz, ex – governador do Distrito Federal que deseja, pela sexta vez, conseguir chegar lá. Para quem será as outras cinco passagens? Vão pensando...

Depois de renunciar ao mandato de senador em 2007, (sabe se lá o porquê...),estar afastado dos palanques e rodas do cenário desde então, não vê a hora de discursar, anunciando candidatura própria no início do ano que vem, o que foi previsto e como lhes disse anteriormente, vermelhos e azuis irão para o campo de batalha, enquanto verdes correrão por fora.

A tática consiste no seguinte: se realmente se candidatar, o senhor que popularizou o termo “DispoiZ num reclama”, não deixará muita sombra de dúvida se ganhará, ou não, a eleição para governador em 2010. Isso, graças à política do Pão e Circo de que tanto seus eleitores necessitam, amplamente difundida em gestões anteriores, um pouco carente na atual. (Sabe como é, política fiscal, cortes... Esse tipo de coisa).

Estratégias

Se o atual governador, José Roberto Arruda, concorrer na chapa do PSDB à vice – presidência da República, sobrará uma vaga para o cargo que agora ocupa. O vice de Arruda, Paulo Octávio, terá de concorrer junto com alguém. Todo mundo precisa de alguém! (No caso dele, de um vice, já que esta posição não pretende conquistar nunca mais). Como não aceitará estar em segundo lugar, outra vez, poderá ficar fora do jogo. Se por ventura se aliar ao homem da Pomba Azul*, o que poderia estar fora de cogitação, mas não um fato considerado impossível, teriam, os dois candidatos, margem maior frente a uma candidatura petista.

Vale lembrar que o tempo no relógio do “Buritinga” está por findar. O acordo firmado entre o governador Arruda e o vice, Paulo Octávio, termina em 15 de dezembro. A partir do próximo ano, Paulo Octávio deverá assumir o cargo no lugar de Arruda. Claro, se o acordo estabelecido entre os dois senhores for realmente cumprido.

O quê Roriz teria a ver com isso? Muito. Se for levada em consideração as eleições municipais deste ano, em que a maioria dos prefeitos que foram eleitos se reelegeram, uma possível aliança poderá fazer com que o ex – governador aproveite do mesmo trunfo para que saia vencedor. O uso da máquina administrativa, permitindo associações duvidosas, esperadas ou não.

Quem manda

Roriz, por vaidade, também poderá descartar – lhe o uso,(da máquina administrativa) assim como o de alianças de peso para, quem sabe, “provar” que ainda tem poder de voto e de voz na capital do País, apenas a considerando como quintal de uma das fazenda dele.

Agora, pensar que o cidadão que falava de frente ao “ Forró do Gerso”, onde se lia claramente: forro de gesso, na cidade – satélite de Samambaia, o senhor que tem várias comunidades no Orkut em sua homenagem, dentre elas, “Aposeeeenta, Roriz!”, ou a mais famosa, “Roriz se alimenta de criancinhas”, (essa é pesada!) um dia cogitou a hipótese de se aliar ao Partido dos Trabalhadores (PT), é querer ver a coisa ficar roxa na cidade.

Acreditar, ainda, que Dunga é somente um dos sete anões e que eles ficaram famosos por conta da Polícia Federal, (quem não ouviu falar nos “Anões do Orçamento”?!?!), que a madrasta é, na verdade, mãe da Cinderela... Vamos “viajar”! Descobrir que na outra encarnação, Osama Bin Laden era um banqueiro judeu... (Desde já, peço desculpas a todos das comunidades espalhadas pelo mundo. Por favor, não me chamem de impura... Já basta que Bin Laden me chame de infiel!)

Vamos imaginar uma coisa bem pior: que Bush seja a reincarnação de algum comuna e, agora, a minha parte, o impossível... que Papai Noel vá lá em casa, com todo aquele pigarro: “ho-ho-ho”, usando um terno preto, (Giorgio, arruma algo decente para ele!), caia no telhado, quebre a minha lage e ofereça um estágio para esta que vos escreve, em plena crise mundial e mudança nas leis...

Vão sonhando...

Que ironia não?!? Saber que o senhor Joaquim Domingos Roriz foi o fundador do PT no estado de Goiás e que, hoje, diz ter ogerize do partido...

*Esta espécie é rara e está em extinção. Elas nascem e crescem em cativeiro com um único objetivo: serem soltas em alguma inauguração ou grande comício. Estima – se que grande parte delas sejam de um tipo diferente de azul, o Roriz. Também são usadas em comícios pelo PSDB. Roriz as empresta. Tucano, de cor azul, tem maior falta na praça. (Com a “doação” de pombas, não se criam problemas com outros partidos nem com o IBAMA, acho. Lugar que tem muito pombo é muito poluído...).

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Política: vale a pena não ver de novo

Paula Mattäus
O que era só uma “marola”, conseguiu passar “por cima do muro”. Com o atual panorama econômico, estima – se que o presidente Luís Inácio Lula da Silva terá problemas em eleger um sucessor, (a). Isso não se deve ao “carisma” da ministra – Chefe da Casa Civil Dilma Rousseff, e sim, a alta na taxa de juros básica da economia prevista para 2010. Consumo em baixa e crescimento idem, farão com que Lula, Meirelles e sua equipe, tenham que mudarem de estratégia.

Há dez anos, um outro presidente teve de fazer malabarismos para se reeleger. Incrivelmente, o país cresceu 0%. Esta “manobra” foi a pirotecnia usada para reeleger Fernando Henrique Cardoso, em meio à crise asiática. Pessimismo a parte, FHC não esperava de Bill Clinton, então presidente dos Estados Unidos, o que o governo atual anseia que seja realizado pelo recém – eleito presidente Barack Obama.

A manobra que elegeu Fernando Henrique pode ter dado certo porque todos atribuíram o sucesso do Plano Real à pessoa do presidente. Elegeria o sucessor de Lula pela continuidade do mesmo? As eleições municipais provaram que não. Afirmaram, aliás, que a propaganda do PSDB pode ser mais influente. Vale a pena não ver de novo atores, ou melhor, uma atriz dizer que tem medo e, no dia seguinte, uma publicação de caráter duvidoso e de gosto também, perguntar ao “amedrontado” leitor se o Brasil vai virar uma Argentina.

Não vale a pena ouvir alguém a perguntar: “Quem é Dilma Rousseff?” - Alguém vai responder – É a ministra – Chefe que ficou no lugar do Dirceu. Foi indicada por ele, inclusive. Sendo básica: é a mãe do PAC. E ter que ouvir que, se Lula escolhesse Sérgio Mallandro para seu sucessor, teria melhores chances. Pensando bem, pelo menos em São Paulo, o presidente poderia dizer que saiu do governo ganhando alguma coisa.

Por outro lado, teria que ser incluídos nessa lista o nome de Clodovil Hernandez, Frank Aguiar, Netinho de Paula... Quem sabe, 21 anos depois, se ele chamasse Sílvio Santos... Vamos ficar com Sérginho Mallandro mesmo. Se Lula o apoiasse, poderia se ter a certeza de que Mallandro não faria nada para se ajudar a eleger, a começar pelo voto. Nesta eleição, não conseguiu ao menos se dar um voto. Acreditem ou não.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Política não é a ciência da imparcialidade




Paula Mattäus

O último dia 4 pode ser considerado um dia importante para a história e política mundial. Barack Hussein Obama, candidato à presidência da República dos Estados Unidos da América pelo partido Democrata, 47 anos, foi eleito presidente da nação mais poderosa do mundo. A vitória de Obama foi bem recebida pelo governo brasileiro, entre outros, que acredita que “ nunca, na história daquele país, aconteceram mudanças tão significativas como as ocorridas no ano de 2008”.

Atirem, estimado,(a) leitor,(a), a primeira pedra quem não se emocionou com o fato. A maioria das pessoas as quais conhecemos dizem não gostarem ou entenderem de nada quando o assunto em questão é política. Contudo, são estas mesmas pessoas que mostram, por meio da expressão mais democrática existente,(o voto) que acreditam, esperam e ainda confiam em homens simples, pessoas como o presidente brasileiro Luís Inácio Lula da Silva e o recém – eleito presidente dos EUA. Acreditam que tenham o poder de, sozinhos, transformarem seus respectivos Estados em grandes nações. Apesar de não assumirem, sentem um encantamento.

Confesso que o assunto muito me comove. Chorei, ao assistir a cerimônia de posse do presidente Lula, em seu primeiro mandato, no início de 2003. Quando faço esta declaração, não pretendo que me vejam como um ser pior ou melhor por este simples fato. Muitos dirão que o papel do jornalista não seria este, que deve agir e reportar aos fatos de forma imparcial. Enfim, dirão “n” coisas sobre a figura de um ser que não pode. Tenta ser isento. Quem fala o que quer, não pára para se perguntar: e eu? Sou ou não imparcial? Cabe a cada um responder.

Acredito que enxergar, a quem escreve, de forma a lhe descaracterizar sentimentos, foi ou é, regra de um grupo restrito de influentes profissionais que ganham a vida para colocarem em manuais e códigos, um conjunto de regras visando apenas deixarem “a coisa mais bonitinha”. É sabido que, aqueles que fazem as leis, ou seja, os legisladores, são os primeiros a não cumpri – las. Isso é regra, desde o princípio.

Assim como de Lula, muita coisa se espera do senhor que se elegeu presidente dos EUA. Muitos se atentam em copiar cada gesto ou palavra que, para ele, somente para ele, pesa e tem o maior de todos os impactos porque ninguém será ou terá sentimentos iguais aos dele, se não for o mesmo: ou seja, Barack Obama. Coincidências? Sim, poderão como já estão a ocorrer. Um bom exemplo, é que Obama terá certas dificuldades para agir, de forma a mudar os rumos da economia norte – americana, se contar com apoio do congresso, de maioria republicana, assim como o presidente Lula que, para se sair bem, de vez em quando tem de promover “a dança das cadeiras”. Basta se saber quando e como se iniciará o uso deste tipo artifício por parte do governo norte - americano.

Sendo nada imparcial, apenas tentando, que democracia há em eleger delegados em estados – chave para que estes expressem, ou não, a vontade do eleitorado? Pois é assim que funcionam as eleições norte – americanas. O voto é facultativo, ou seja, ninguém é obrigado a votar. Os que desejam participar das eleições tem de se registrar para fazerem parte do processo como eleitores, o que, em alguns condados é permitido inclusive no dia da eleição.

O 44º presidente eleito nos Estados Unidos tomará posse no dia 20 de janeiro de 2009. Barack Obama tem em suas mãos uma grande responsabilidade, nas costas, um enorme peso. A missão de, se não resolver, pelo menos melhorar a situação de questões não somente internas. Espera – se muito do senhor Obama. O que puderem contra ele, farão contra. O tornarão um “Deus”, assim como fizeram ao presidente Lula. Tentarão tornar de Obama um ser calculista, ou pelo menos sua imagem, a ponto de colocarem suas bases em questão, bases estas que o ajudaram a se eleger.

Obama pode ser grande. Aliás, é. Representante das minorias, realizou um sonho que se tornou realidade. Conta com o apoio e a simpatia de um povo que decidiu se manifestar. Sua eleição bateu recorde de eleitores que viram na imagem dele, alguém em quem confiar. O senhor Obama, assim como esta que está a postar neste blog, tentará, porém não conseguirá ser, a todo tempo, um ser imparcial. (Graças a Deus). Sendo objetiva, não se pode esperar que mudanças partam de um único ser.

É preciso somar forças. Foi com a soma delas que o considerado impossível, não só para o novo presidente, mas para o povo americano, aconteceu. Se vou chorar no dia 20? Pode ser, é bem provável. Tenho sentimentos. Discursos me emocionam e tenho certeza, devem emocionar a Obama também.