domingo, 7 de dezembro de 2008

Política: Lula quer intervir em decisão do BC

Paula Mattäus

O presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva espera que o Banco Central tome uma decisão para que não precise agir. Uma possível intervenção na política publica e monetária, visando forçar a queda da taxa básica de juros da economia é estudada, caso o BC (Banco Central) mantenha a taxa de juros e não tenha previsão para reduzi – la. A intervenção seria mais que válida, pois se for dada autonomia ao presidente do Banco Central, de pouco adiantará que o Brasil tenha um regime presidencialista.

A decisão de uma possível intervenção veio a calhar com recente pesquisa de opinião onde o presidente se mostra mais forte do que nunca, com uma popularidade recorde de 70% de aprovação (índice bom e ótimo), pesquisa esta elaborada pelo instituto Datafolha. Também, para que não interfira no processo de sucessão, caso eleja um sucessor e que este receba o Estado com um quadro econômico de índices positivos e regularmente constantes nas proximidades do ano eleitoral.

Quanto ao país, a estimativa de crescimento para 2009 que já foi de 6%, passou para 3,5% não chegando a 4%, tem a possível ação de Lula em hora bem – vinda, já que os Estados Unidos declararam publicamente estarem em estado recessivo, o que não se informava e acontecia, somente agora anunciada, 38 dias antes da posse de Barack Obama. Pelo visto, muita gente vai ter que se tratar do quadro depressivo e ficar quieta para não espalha – lo. Enquanto isso, no Brasil, o presidente Lula dará trabalho para quem o contradizer e conta com uma grande força. A do povo para aplaudi – lo.

O aumento da dose do remédio tem entorpecido o mercado que está a dar férias coletivas e a demitir por conta da marola. Perguntei a alguns entendidos, neste domingo, o que achavam das declarações dadas pelo presidente Lula e pelo ministro Mantega. A maioria das respostas vieram ao encontro da pesquisa de popularidade do presidente. Para alguns, Lula somente agiu de forma a não dar importância em um primeiro momento a crise por não compreender, na ocasião, a atual circunstância, apenas servindo como “papagaio” para tudo o que dizia o senhor Mantega.

Alguns dos entrevistados foram categóricos ao afirmarem que Mantega é muito mal – assessorado e que expressa muitas coisas as quais não deveria e fora de hora. Caiu uma bolsa aqui no chão: também tenho esta opinião, mas o que penso ou sinto não vem ao caso...).