domingo, 25 de maio de 2008

Política: guerrilha perde mais um líder

Morre o número um das FARC

Paula Mattäus*


Informações dariam conta de que o número um das FARC - Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia -, Manuel Marulanda, morreu em 26 de março, de um infarto cardíaco. O verdadeiro nome de Marulanda era Pedro Antonio Marín. A notícia de sua morte teria sido antecipada pelo ministro da Defesa colombiano, Juan Manuel Santos, em entrevista à revista Semana, mas a guerrilha só confirmou a notícia hoje.
O ministro do Interior e de Justiça da Colômbia, Carlos Holguín, declarou que com a confirmação pelas Farc da morte do líder Manuel Marulanda o país sente o alívio de se ver livre de uma das figuras que mais causou dano à nação.
Marulanda morreu em março, confirmou Rodrigo Londoño Echeverri, cuja a alcunha é Timochenko, em um vídeo divulgado à imprensa.

* Fonte: BBC

Política: presidente afirma que instabilidade é sinal de vida

Paula Mattäus*

Em discurso na abertura da cúpula que criou, nesta sexta-feira, a Unasul - União das Nações Sul-Americanas, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que a instabilidade regional é um sinal de vida."A instabilidade que alguns pretendem ver em nosso continente é sinal de vida, especialmente de vida política. Não há democracia sem povo nas ruas, sem confronto de idéias", disse.
O discurso foi para os presidentes do Equador, Colômbia e Venezuela por conta da invasão de militares colombianos em território equatoriano, em março, que resultou na morte do segundo homem mais importante das Farc - Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia.

Relações comprometidas

Na operação, Raúl Reyes, foi morto em um bombardeio a 2 Km da fronteira. Com isso, gerou – se uma enorme tensão. Esse, provavelmente, foi um dos assuntos abordados no encontro.
O presidente Lula também expressou o desejo pela integração na área de defesa visando maior segurança entre os países. "Devemos articular uma visão de defesa na região fundada em valores e princípios comuns, como respeito à soberania, à autodeterminação, à integridade territorial dos Estados e à não-intervenção em assuntos internos", afirmou.
O Brasil propõe a criação de um conselho de defesa tendo, desde já, como negada, a participação do governo colombiano se caso o mesmo realmente for criado. Caso um país queira ter uma ação específica, esse poderá fazer como ação particular, porém, seria necessário haver o consenso dos membros para a adoção da mesma e, de organizações ligadas a Unasul.

Da discussão nasce a luz...

Em reunião a portas fechadas, os presidentes fizeram discursos, Lula, Evo Morales – Bolívia - e Michelle Bachelet - Chile. Todos falaram sobre a necessidade de se avançar de forma efetiva na integração, tanto do ponto de vista político como econômico.
"Para que - a criação da Unasul - tenha um efeito real, precisamos avançar muito. E a capacidade da Unasul de beneficiar os nossos povos vai depender do compromisso e da real vontade dos governos de chegar a posições que nos permitam avançar nesse caminho", disse a líder chilena.
As cinco áreas prioritárias de trabalho para a nova organização são: energia, infra-estrutura, financiamento, políticas sociais e educação. Também em destaque, estão a questão da integração energética e de infra – estrutura.

Ou não

Em meio aos discursos e a assinatura do tratado, acabou a luz do centro de convenções Ulisses Guimarães, onde ocorreu o evento em Brasília.
Fato esse que gerou brincadeiras entre os presidentes e o comentário do ministro das Relações Exteriores do Chile, Alejandro Foxley. "Como o corte de luz mostra precisamos integrar. A região tem excesso de energia, mas não conseguimos integrar", afirmou.
O presidente equatoriano Rafael Correa disse a imprensa que a situação entre o Equador e o governo colombiano é deplorável e, que a tensão entre os países ainda não teve um fim.

* Fonte: BBC

domingo, 18 de maio de 2008

Política: o problema poderá estar nas mãos de militares


Secretário quer propor que soldados passem “férias” na Amazônia

Paula Mattäus

Depois da infeliz reportagem: de quem é a Amazônia, afinal?, do "New York Times", o secretário do Ambiente do Rio de Janeiro, Carlos Minc, disse neste domingo ao desembarcar no aeroporto internacional do Rio que vai propor ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva a participação das Forças Armadas na defesa dos parques nacionais e das reservas indígenas e extrativistas da Amazônia.
O secretário deverá recebido amanhã, no Palácio do Planalto, pelo presidente Lula, quando será formalizado o convite para que ele, Minc, assuma o Ministério do Meio Ambiente.
Esse convite se dará mesmo após Carlos Minc admitir não conhecer o Brasil e, considerar que a Polícia Federal, na Amazônia, não faz um bom trabalho. Admite também que considera a região o principal desafio de sua gestão à frente do Ministério do Meio Ambiente, Minc diz também ter a intenção de repetir as medidas adotadas durante sua gestão à frente da Secretaria do Ambiente no Rio de Janeiro.
"Aqui no Rio nós criamos os guardas - parque. Ou seja, diante da insuficiência de fiscais, colocamos destacamentos do Corpo de Bombeiros em nossos parques e áreas de proteção ambiental. Então eu vou propor ao presidente que se crie destacamentos, ou que se aloque alguns regimentos das Forças Armadas para funcionar dentro dos grandes parques nacionais, tomando conta do entorno deles e também das reservas extrativistas, replicando, com as adequações necessárias, o que fizemos aqui no Estado", disse Minc.
A sugestão a ser apresentada terá que ser negociada entre o presidente e as Forças Armadas, "pois este é um papel que não me cabe, mas sim ao presidente, que é o comandante supremo das Forças Armadas. Regimentos podem vir a se integrar na defesa das unidades de conservação, das reservas extrativistas e dos seus entorno",disse o secretário.
Minc afirma que a Amazônia "não vai virar carvão". "A gente vai manter para a Amazônia não só a política que vinha sendo adotada pela ministra Marina Silva, como boa parte de sua equipe, que já se colocou à disposição. Vamos também fazer outras coisas que ela ainda não havia feito e que esperamos ter condições de realizar", disse.
O secretário sabe para quem faz seu discurso: para a comunidade internacional, que ficou apreensiva com a saída da ex – ministra Marina Silva do Ministério do Meio Ambiente.
A grande aposta a ser feita, é se as Forças Armadas submeterão seus contingentes para irem às zonas de fronteira. Se para a polícia que pouco está lá, é bem difícil, se algum agente dá voz de prisão a alguém e, na maioria das vezes, tem que sair correndo das balas, o que dizer de meninos de dezoito anos, mal saídos do colegial e, que muita das vezes disseram que não gostariam de servir e foram obrigados ? É imprevisível saber o que poderá acontecer. Oficiais de alta patente dificilmente serão convocados a irem para a região amazônica.Se forem, o que farão lá? Cabem a eles responderem.
Em uma hora em que os ânimos estão exaltados e mil interpretações estão sendo feitas, é muito fácil jogar os problemas em cima de alguém. Pode ser uma boa hora já que, recentemente, o presidente Lula concedeu aos militares um aumento de até 170% em seus vencimentos.

Política: Israel comemora 60 anos de criação

Sessenta anos aumentam distancia à paz

Paula Mattäus

Essa semana, no dia 14 de maio, o Estado de Israel completou sessenta anos de criação. Em 1948, três anos após o fim da Segunda Guerra Mundial, para esquentar ainda mais o clima do pós – guerra, as Nações Unidas criaram na Palestina o Estado de Israel. Com isso atenderiam a alguns interesses, como os relativos à questão judaica, agravada após o Holocausto promovido pelos nazistas.
As comemorações dos sessenta anos se dão em meio a muita tensão. A principal preocupação é com a segurança. Como sempre, pois o Estado de Israel nasceu em guerra com os árabes. O que foi previsto no final do mês de abril, foi o temor do chefe da Inteligência Militar do país por possíveis ataques nos dias festivos.
Durante a festa, Israel proibiu a entrada de palestinos da Faixa de Gaza e da Cisjordânia no país. O temor era por atentados por parte dos militares.
Com a recente onda de terremotos na China e em países do oriente, as especulações sobre uma previsão estão a atormentar judeus e muçulmanos: dizem que um terremoto derrubará a principal mesquita no centro da cidade de Jerusalém e que no lugar dela será construído um templo que abrigará todas as crenças e o seu principal líder será uma besta.
Crendices a parte, o que verdadeiramente se teme, não só pelo poderio econômico, mas principalmente pelo poder bélico conquistado por Israel a muito gasto, é que eles acabem por fazer uma besteira muito maior que acabar com acordos de não - violência entre eles e palestinos, o que se acentuou depois da eleição do Hamas - grupo terrorista e partido político cuja carta de fundação prevê a destruição do Estado de Israel.
Ehud Olmert tornou-se primeiro-ministro de Israel em março de 2006. Depois de uma operação militar seguida por um conflito de 34 dias com a milícia xiita Hizbollah, no Líbano, de junho a agosto de 2006, fizeram com que Olmert adiasse seus planos de se retirar da Cisjordânia. Em junho de 2007, o primeiro – ministro cortou relações com a Autoridade Nacional Palestina.
O Hamas assumir o controle da faixa de Gaza e o presidente da ANP, Mahmoud Abbas, formou um novo governo sem ele. Em uma liderança que passou a ser chamada de quarteto, o presidente americano George W. Bush, em ação conjunta com a União Européia, ONU e Rússia, propuseram a criação de um plano de paz para o fim dos conflitos.
O terror é um problema em voga na região. A iniciativa das ações terroristas parte de organizações de amplitude regional, ou até mesmo mundial, mas a quem cabe executá – la são geralmente grupos restritos e até mesmo iniciativa individual, pois, dizem: aqueles que morrerem em nome de Deus – a tradução dos nomes dados por todas as religiões - irão para o céu e receberão como prêmio 80 virgens.
Dentre os focos de ações terroristas, destacam – se os territórios ocupados da Faixa de Gaza e Cisjordânia, onde em 1987 iniciou – se um movimento palestino – a intifada.

sexta-feira, 16 de maio de 2008

Publicidade: essa eu faria



Publicidade:

Esta aí, para quem queria saber o que é, para mim, uma boa campanha publicitária. Esta certamente entra para a galeria das que merecem uma atenção redobrada para que não se cometa o descuido de bater um carro... A peça publicitaria acima está aprovada pelo “Padrão Paula Mattäus de Qualidade”, que tem como três, os princípios básicos de uma boa propaganda: objetividade, simplicidade e delicadeza. Simplesmente maravilhosa. Eu a teria feito !

Quer saber mais sobre a campanha acima ? Acesse:

http://www.saude.org.br/

domingo, 11 de maio de 2008

Política: eleitores darão resultado para escândalo de dossiê

Paula Mattäus

Depois do 1 x 0 para a ministra – Chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff esta semana, quem virará o jogo será, possivelmente, a oposição. Defendido pelo ex – ministro e deputado cassado José Dirceu (PT – SP), o secretário José Aparecido Nunes Pires terá trabalho para se explicar por ser apontado como o suposto “vazador” de informações refentes aos gastos do ex – presidente Fernando Henrique Cardoso e sua esposa com cartões corporativos.
O que todos no governo querem afastar é o foco do secretário José Aparecido com um discurso que pode convencer pela consistência: o de que a crise seria uma obra criada pela oposição para “ofuscar” a candidata e a possível ascensão política da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff. Apesar do que está a acontecer, nada parece abalar os ânimos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
“A candidatura de Dilma já é confirmada e nenhum ministro do PT apresentou restrições”. É o que diz o deputado federal Cândido Vaccarezza (PT – SP). Só basta saber se não haverá restrições por parte do eleitorado. Com fogo cruzado, o único que parece estar aparentemente protegido é o presidente Lula. O que há na verdade são controvérsias quanto quem está apoiando quem e quem será realmente apoiado.
Se por um lado ninguém se pronuncia contra, também não há, até então, quem se posicione a favor. No final das contas todos vão querer lançar candidatura, porém, a defensiva é justificável. Tanto governo como oposição dependem da Casa Civil.
As eleições municipais serão um termômetro daquilo que realmente acontecerá na eleição presidencial. Acusações e depoimentos relativos ao dossiê se estenderão por semanas. Com tantos fatos, fica imprevisível saber o futuro de quem é apontado como candidato, principalmente não se sabendo quanto este é apoiado pelo partido e o principal, o quanto este é popular.
“O PT, nós sabemos como é, tem vários PTs”, diz o líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB – RN). É difícil julgar o que é ou não verdade, mas sendo ou não, para isso o governo deverá sair para fazer uma boa campanha, da fase do dossiê, de forma ilesa, não só das acusações.

sábado, 10 de maio de 2008

Um dia especial

Amanhã, como todos sabem, é o dia das mães.Gostaria de parabenizá - la desde já e agradecer. A minha Helena completa a dúzia de estimados leitores que me aturam. Só que com uma diferença: ela já faz isso há muito tempo. Como sei que ela vai ler e, com certeza, me criticar pelas coisas que escrevo, aí vai:
mãe, eu te amo, perdoe o meu espírito. A lição que aprendi cedo foi a de Murugan.
Eu não preciso dar a volta ao mundo para saber que a senhora foi uma enviada de Deus para dar continuidade a minha missão.

Muito obrigada por existir.

Tua filha.

P. S.: Parabéns a todas as mães do universo.

sexta-feira, 9 de maio de 2008

Política: campanha contra o voto secreto

Venho por meio desse pedir que me ajudem com a divulgação desta campanha:estou a lutar contra o voto secreto nas Câmaras e no Senado Federal, afinal de contas, já chega de político se resguardar por conta de tal para fazer suas besteiras. Temos que ter a ciência daquilo que eles fazem ou não por merecerem... O voto que damos a eles por exemplo.

domingo, 4 de maio de 2008

Política: mais um referendo

Estados bolivianos querem autonomia

Paula Mattäus

Impasse entre os bolivianos: departamentos pretendem pressionar o presidente Evo Morales , apesar de não quererem se separar da Bolívia, Santa Cruz, Beni, Tarija e Pando desejam que o presidente entre em um processo de negociação, o que impediria a ratificação da proposta constitucional proposta pelo Executivo. O que os bolivianos querem é mais poder para terem um governo de acordo com as necessidades e os interesses da população. Isso é o que se pede há sete anos.
Em Santa Cruz, o presidente Evo Morales voltou a atacar os partidários da autonomia regional, que ele denomina como herdeiros da oligarquia criolla. A elite mestiça, embora minoritária, é quem impõe as regras desde os tempos coloniais.
O líder cocaleiro Evo Morales, 46, teve o melhor desempenho de um candidato desde que o país retornou à democracia, em 1982. Tomou posse em janeiro de 2006.No dia 1º de maio de 2006, Morales invadiu com tropas do Exército instalações da Petrobrás anunciando a chamada “nacionalização” da exploração do gás e do petróleo no país.
O governo boliviano também adotou medidas como a nacionalização de duas refinarias da Petrobrás no país e o aumento do imposto sobre o gás de 50% para 82%. Quem não quisesse aceitar o que estava a ser imposto deveria se retirar do país no prazo de 180 dias, o que deixou o governo brasileiro em mal estado.
A Bolívia, independente desde 1925 por Simon Bolívar , teve governos que se envolveram em vários conflitos com países vizinhos, e perdeu parte de seu território. Uma porção dele é o Acre - Apesar que pagaram por ele depois...- Em uma batalha travada contra o Chile em 1879, a Bolívia perdeu sua parte costeira, o que mantém, até hoje, uma rixa entre os dois países.
O que teme o presidente Evo Morales, com propriedade, é que estados mais ricos e autônomos não repassem aos menos favorecidos, os das regiões andinas, recursos prometidos por ele para aumentar a distribuição das riquezas nacionais. É como se, de repente, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul decidissem por meio de votos formarem um novo país - Só que no caso da Bolívia, em menores proporções.
Para a votação de hoje estão aptos 930 mil eleitores, só do departamento de Santa Cruz. Como se trata de um referendo não há a obrigatoriedade do voto.Apesar do conflito armado e da possível aprovação da autonomia de Santa Cruz, o presidente Evo Morales diz que não reconhecerá o resultado do referendo caso seja a favor da aprovação da autonomia.