domingo, 18 de maio de 2008

Política: Israel comemora 60 anos de criação

Sessenta anos aumentam distancia à paz

Paula Mattäus

Essa semana, no dia 14 de maio, o Estado de Israel completou sessenta anos de criação. Em 1948, três anos após o fim da Segunda Guerra Mundial, para esquentar ainda mais o clima do pós – guerra, as Nações Unidas criaram na Palestina o Estado de Israel. Com isso atenderiam a alguns interesses, como os relativos à questão judaica, agravada após o Holocausto promovido pelos nazistas.
As comemorações dos sessenta anos se dão em meio a muita tensão. A principal preocupação é com a segurança. Como sempre, pois o Estado de Israel nasceu em guerra com os árabes. O que foi previsto no final do mês de abril, foi o temor do chefe da Inteligência Militar do país por possíveis ataques nos dias festivos.
Durante a festa, Israel proibiu a entrada de palestinos da Faixa de Gaza e da Cisjordânia no país. O temor era por atentados por parte dos militares.
Com a recente onda de terremotos na China e em países do oriente, as especulações sobre uma previsão estão a atormentar judeus e muçulmanos: dizem que um terremoto derrubará a principal mesquita no centro da cidade de Jerusalém e que no lugar dela será construído um templo que abrigará todas as crenças e o seu principal líder será uma besta.
Crendices a parte, o que verdadeiramente se teme, não só pelo poderio econômico, mas principalmente pelo poder bélico conquistado por Israel a muito gasto, é que eles acabem por fazer uma besteira muito maior que acabar com acordos de não - violência entre eles e palestinos, o que se acentuou depois da eleição do Hamas - grupo terrorista e partido político cuja carta de fundação prevê a destruição do Estado de Israel.
Ehud Olmert tornou-se primeiro-ministro de Israel em março de 2006. Depois de uma operação militar seguida por um conflito de 34 dias com a milícia xiita Hizbollah, no Líbano, de junho a agosto de 2006, fizeram com que Olmert adiasse seus planos de se retirar da Cisjordânia. Em junho de 2007, o primeiro – ministro cortou relações com a Autoridade Nacional Palestina.
O Hamas assumir o controle da faixa de Gaza e o presidente da ANP, Mahmoud Abbas, formou um novo governo sem ele. Em uma liderança que passou a ser chamada de quarteto, o presidente americano George W. Bush, em ação conjunta com a União Européia, ONU e Rússia, propuseram a criação de um plano de paz para o fim dos conflitos.
O terror é um problema em voga na região. A iniciativa das ações terroristas parte de organizações de amplitude regional, ou até mesmo mundial, mas a quem cabe executá – la são geralmente grupos restritos e até mesmo iniciativa individual, pois, dizem: aqueles que morrerem em nome de Deus – a tradução dos nomes dados por todas as religiões - irão para o céu e receberão como prêmio 80 virgens.
Dentre os focos de ações terroristas, destacam – se os territórios ocupados da Faixa de Gaza e Cisjordânia, onde em 1987 iniciou – se um movimento palestino – a intifada.