segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Política: cada um por si, nenhum por todos

Paula Mattäus

Dilma Rouseff,ministra chefe da Casa Civil, terá dificuldades para fazer com que o PT venha a aceitar o lançamento de seu nome para a disputa à sucessão do presidente Luís Inácio Lula da Silva em 2010.
Para ministros, senadores e deputados petistas, a ministra não se entrosa em decisões do partido, muito menos com seus colegas parlamentares. A única preocupação da ministra Dilma é agradar e se empenhar em assuntos que reflitam exclusivamente a imagem do governo.
Como seu nome é bastante cotado para ser a candidata do presidente Lula, haverá, dentro do próprio partido, uma sisão e uma série de críticas que irão por em xeque a política energética do governo que não fez investimentos necessários e práticos como também efetivos, para que o país não corra o risco de racionamento, assim como ocorreu no governo do ex – presidente Fernando Henrique Cardoso.
Também não deixarão de apontar o fiasco da execução do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), ambas as áreas estão sobre os cuidados da ministra Dilma Rouseff.
Com uma forte atuação no governo, agradando ao presidente Lula após fazer com que o governo conseguisse preços de pedágio sete vezes mais baixos que os praticados no governo de FHC, a ministra ganhou status de pré – candidata.
Porém, é claro, a ministra não conquistou somente o apoio e o louvor do governo,como a inveja daqueles que são integrantes do partido e também estão na disputa. Uma de suas fortes concorrentes, a ministra do Turismo Marta Suplicy,expressa grande desejo de concorrer às eleições em 2010. A ministra por sua vez, não nutre a menor simpatia por Rouseff.
Contudo, o foco principal dessa semana é a aprovação da CPMF,(Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) imposto esse que já se arrasta por onze anos e já arrecadou duas centenas de bilhões de reais para os cofres públicos. Se aprovada amanhã, a manutenção do mesmo acabará por dar fim às angústias do governo. As mais imediatas.
Lula parece não estar a se importar, pelo menos atualmente, em assuntos relativos à sucessão. Entre outros motivos, o principal: O segundo mandato do presidente está apenas em seu primeiro ano.