segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Política: entrevista

Caminho e poder

ENTREVISTA COM SUA EXCELÊNCIA O VICE – GOVERNADOR DO DISTRITO FEDERAL - (DF) PAULO OCTÁVIO ALVES PEREIRA.

O céu pode esperar ...Quem sabe até 2010? – O homem que tem que aguardar, conforme a antiga “Política do Café com Leite”, com isso poderá, acompanhado melhor por pães de queijo e pudim de leite, ambos feitos por sua mãe, Dna. Wilma Pereira, até que o ex – partido PFL, agora Democratas decida pela candidatura de Paulo Octávio Alves Pereira, que mantêm o título de Vice – Governador do Distrito Federal – (DF) para conciliar certos interesses e, de certa forma, se esquivar de conflitos e poder ver de perto o troca – troca de poltronas. Auto preservação? – Sim, para quem tem planos de atingir metas e um plano de vôo minuciosamente traçado, com escalas pré – determinadas, a certeza é única: - Pousar e posar para fotos como, quem sabe, o futuro Presidente da República Federativa do Brasil. Sem dúvida, a aterrissagem já está prevista. Como sempre...Rumo e proa coincidem: Brasília – (DF). Afinal todos querem atingir um único alvo e assumi – lo. Este é o Poder !

POR: PAULA MATTÄUS
PARA: GUSTAVO KRIEGER

P.M: - Qual é o melhor lugar do mundo para o senhor?
P.O: Brasília. É o lugar que escolhi para viver, constituir família, criar meus filhos, investir na minha vida empresarial e política, ser feliz. Todos os meus investimentos estão concentrados na capital.
P.M: O senhor é um homem bastante discreto, de pouquíssimas palavras. Por quê?
P.O: Sou mais de fazer do que falar. Gosto de ser direto e sempre procuro agir com determinação, respeito ao próximo e compromisso com o coletivo. É natural, para um homem público, manter-se mais discreto, até para evitar ruídos. Prefiro estar envolvido com as boas causas, como o desenvolvimento econômico, o emprego, a educação, a melhoria de vida das pessoas.
P.M: Paulo Octávio era, ainda é, um grande e bem-sucedido empresário da Construção Civil,não há duvidas,porque então se "enveredar" para o ramo da política,das comunicações entre outros empreendimentos e parcerias?
P.O: Gosto de desafios, aliás, todo ser humano é assim: vive de desafios e de conquistas. Quando percebi que a empresa de construção civil estava indo bem, tratei de diversificar os negócios. A economia explica isso: diversificar é a melhor forma de correr menos riscos. Quanto ao fato de ter enveredado para a política, senti-me extremamente motivado em buscar fazer algo pelo povo, por aqueles que, infelizmente, não tiveram a mesma chance que eu tive. Foi com esse pensamento que resolvi, há quase 20 anos, tornar-me político e, desde então, nunca mais saí. Gosto do contato com o povo, de ouvir as necessidades da população, de saber que, de uma forma ou de outra, temos como fazer a diferença na vida daquele pai de família, daquele pequeno empresário, da dona-de-casa, do adolescente que conseguiu o primeiro estágio. E eu acredito que estejamos no caminho certo. A história dirá.
P.M: Fiquei a saber algum tempo pela Dna.Wilma Pereira - Que vem a ser a mãe do senhor -,que ela estava insatisfeitíssima pelo fato do ex - PFL,agora Democratas, ter indicado José Roberto Arruda como candidato ao Governo do Distrito Federal - (GDF) e não o senhor,no caso,o senhor viria a ser o Vice.Ela continua com essa revolta e por quê?
P.O: De forma alguma. Minha mãe é a minha grande inspiração, assim como minha mulher Anna Christina e os meus quatro filhos. À época da eleição, eu e o Arruda estávamos decidindo quem seria o cabeça de chapa e, por uma determinação partidária e em conjunto com a cúpula do então PFL local, eu decidi abrir mão, tudo em nome da união e da certeza de que seríamos vitoriosos ainda no primeiro turno. Não posso negar que o sonho de minha mãe é me ver governador, mas ela compreendeu a situação e hoje eu o Arruda fazemos um governo compartilhado, a quatro mãos. Essa é a idéia. Ninguém é tão forte quanto todos juntos.
P.M: As pessoas em Brasília - (DF),em sua maioria, não estão muito contentes com a política de cortes promovida por Arruda. O senhor teme que isso possa "ofuscar" a sua popularidade?
P.O: Sou político e sou empresário. E sei, como qualquer empreendedor, da necessidade de os governos, não só local, mas federal, fazer cortes, reduzir os gastos e agir com mais austeridade. No começo, esse remédio é ruim. Você acha que foi fácil para o Arruda e eu demitirmos funcionários do governo? Claro que não. Acontece que era uma questão de sobrevivência. Hoje, com a redução de gastos e com política de choque de gestão, conseguimos economizar quase meio bilhão de reais só no primeiro semestre. E esse dinheiro está sendo aplicado em obras, em benfeitorias nos hospitais, nas escolas, na área social. É isso que o governo precisa fazer. Além de tudo, nossa política de desenvolvimento econômico está voltada para o fortalecimento das empresas. Essas sim, devem empregar, gerar renda e movimentar a economia. O governo deve apenas ser o indutor desse processo. No médio e longo prazo, a população que ainda está receosa com as mudanças vai entender que todas as medidas foram extremamente necessárias. Era uma questão de sobrevivência...
P.M: Em sua opinião, quem é o homem Paulo Octávio?
P.O: Um homem de bem, preocupado com o presente e com futuro. O presente é o desafio de gerar mais empregos, atender às necessidades da população, no que diz respeito à educação, saúde, trabalho. E o futuro é a preservação de nosso patrimônio histórico, do nosso meio ambiente, do planeta que entregaremos para as novas gerações. Sou empresário e político, mas, sobretudo, marido e pai. Conheço as angústias de cada família brasiliense e busco, ao lado do governador Arruda, melhorar esse cenário e mostrar que é possível fazer um bom governo, enxuto, ágil e que promova o crescimento econômico e a justiça social.
P.M: Existiram alguns boatos antes das eleições,que davam conta de que o senhor ficaria como o Vice do Governador Arruda e,ao terceiro ano de mandato,o senhor assumiria o governo desta cidade...É procedente esta informação?
P.O: Ainda é muito cedo para falarmos em processo sucessório e eleições de 2010. Ainda estamos no primeiro ano de mandato. Não sabemos como será a configuração e o cenário político daqui a três anos. A única certeza é que eu vou continuar trabalhando por Brasília e pelos brasilienses.
P.M: Queremos saber:Teremos Paulo Octávio concorrendo as eleições em 2010 como governador?
P.O: É o que eu falei anteriormente. O meu nome está à disposição para a composição de uma aliança política em prol de Brasília. Vou trabalhar para isso.
P.M: Assim como a Dna.Wilma Pereira,o senhor teria o desejo de realizar o sonho dela, se candidataria futuramente à Presidência da República Federativa do Brasil?
P.O: Atualmente, meu único pensamento é fazer um bom governo ao lado de Arruda em prol de Brasília.
P.M: Com toda sinceridade, qual atitude o senhor tomaria se estivesse, hipotéticamente falando no lugar do atual Presidente do Senado Renan Calheiros?
P.O: Já fui senador da República e respeito profundamente o Poder Legislativo federal e aquela Casa de Leis. Acredito que os nobres senadores irão promover um processo transparente, pautado pela legalidade e pela preservação dos direitos dos envolvidos no caso.
P.M: O que faz o senhor um homem feliz?
Ver minha família feliz e as famílias brasilienses e brasileiras felizes. Por isso, trabalho dia e noite em busca da minha felicidade.
P.M: Qual foi a pior situação que o senhor já esteve a enfrentar em toda a vida?
P.O:Acho que foi ter de abrir mão do Senado por um projeto maior. Em nome da união e da paz, tive de ceder. Essa foi uma das decisões mais difíceis da minha vida. Mas hoje sei que valeu à pena.
P.M: Como se sente sendo o Vice-Governador do Distrito Federal?Se sente pressionado por isso?
P.O: - Um instante de silêncio, olha para os meus olhos e ri – “Nada a declarar senhorita Mattäus...”
P.M: Do que Paulo Octávio se arrepende de ter feito nesta vida? E de não ter feito?
P.O: Sou um homem realizado e feliz. No momento, não me recordo de nenhuma atitude que seja motivo de arrependimento.
P.M: O senhor é muito amigo do ex-presidente Fernando Collor de Mello.Na sua opinião,a cassação que ele sofreu foi um ato justo,haja vista que outros permaneceram no poder e ele não,uma prova disso é o próprio Senador Renan Calheiros...Ou pensa que ele foi injustiçado por isso?
P.O: Não tenho nada a declarar sobre isso... – Abaixa a cabeça.
P.M: O senhor deu vários conselhos a Collor.Qual deles lhe serve como base para governar? - Do que se lembra que disse e viu se repetir na vida do senhor?
P.O: Insisto... Nada a declarar, mesmo.
P.M: Qual é o prato, a refeição preferida pelo senhor?
P.O: Como um bom mineiro de Lavras, pão de queijo e pudim de leite. De preferência os que são feitos pela minha mãe.
P.M: Que tipo de músicas e quais artistas lhe agradam? O senhor é um homem de hábitos simples?
P.O: Pode não parecer, mas sou simples. Gosto mesmo é da música popular brasileira. Temos inúmeros talentos no Brasil e, lógico, em Brasília, que precisam ser admirados e preservados para as futuras gerações.
P.M: Se o senhor encontrasse uma lâmpada mágica e lá dentro estivesse um gênio e lhe diria que o senhor teria o direito a um único desejo. Qual seria este pedido?
P.O: Conseguir fazer de Brasília um exemplo para o Brasil, com educação de qualidade, emprego para todos, segurança, transporte e saúde dignos. Só isso!
P.M: O que o senhor não aprova no sistema político e o que, com certeza, mudaria neste sistema?
P.O: Tenho um projeto no Senado que prevê mudanças na legislação eleitoral. Sou contra a reeleição, mas sugiro um mandato de cinco anos, com gestões do presidente da República, senadores, deputados, deputados estaduais, distritais e prefeitos coincidentes. Outra questão é a fidelidade partidária. É inadmissível o troca-troca de partido. Isso só aumenta as negociatas e a corrupção eleitoral. Defendo que o mandato é do partido, da legenda, e não do parlamentar.
P.M: Para finalizarmos,gostaria muito de agradecer,desde já pelas tuas declarações,ao apoio a mim conferido. O que o senhor como homem, como empresário, como o nosso grande representante, diria ao povo brasiliense, às pessoas que votaram ou não em Paulo Octávio e o que esperar deste governo daqui em diante?
P.O: Que mantenham a esperança firme e que acreditem nesse governo. Tenho certeza que a nossa disposição política e a nossa vontade de acertar é mais forte do que a torcida do contra. Nosso compromisso é fortalecer o setor produtivo, as empresas para que gerem empregos e absorvam a grande massa de desempregados. Com a economia que fizemos, já anunciamos inúmeras obras por toda Brasília e regiões administrativas e queremos, definitivamente, tornar Brasília um exemplo para os outros estados brasileiros. Exemplo de dignidade, de qualidade de vida, de trabalho, de segurança, transporte, educação, saúde e oportunidades. O céu é o limite para a nossa capital federal!


Agradecimentos: Primeiramente a Deus, nosso Senhor, que me permite ser feliz em minhas “loucuras”, em segundo lugar, ao Jornalista, entre outras funções, que me incentiva e me encoraja a fazê – las... O Polivalente Gustavo Krieger,Em terceiro lugar, ao Vice – Governador do Distrito Federal - (DF),Paulo Octávio Alves Pereira, que mesmo não tendo respondido a todas as minhas perguntas, teve para comigo a paciência de “Jó” e, principalmente, agradeço ao Assessor de Imprensa do Vice – Governador, o senhor Darse Júnior, por colaborar e corrigir – me quando achou ser necessário. Muito obrigada a todos. (P.M.)