Paula Mattäus
Depois do fim da CPI dos cartões coorporativos, reportagem da Folha de São Paulo deste domingo afirma que parlamentares da oposição vão tentar aprovar a convocação da ministra – chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff ,nas Comissões de Infra-Estrutura e Constituição e Justiça do Senado para depor sobre denúncias de que interferiu na venda da Varig em favor a um compadre do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. Já está decidido: o que se deseja é derrubar a ministra Dilma e forçar o presidente Lula a negociar com a oposição a aprovação de sua re – reeleição a todo custo, o que traria vantagens aos seus opositores.
O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (PSDB - AM), disse querer nos próximos dias, reapresentar o requerimento de convocação na CCJ para que a ministra possa dar maiores explicações e ficar frente a frente com ele. "Eu tenho uma convocação da ministra para ser votada na Comissão de Constituição e Justiça para falar sobre o dossiê (com gastos dos cartões corporativos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso) e ela já está envolvida num outro negócio. Eu aconselharia a ministra a dar um paradinha, a dar uma rezadinha, ir a uma igreja, jogar sal grosso no corpo, eu aconselharia a ministra a meditar sobre o que anda fazendo, sobre as atitudes que toma", afirmou.
Na casa dos santos, onde mora a oposição, a denúncia de que Dilma praticou tráfico de influência para garantir a venda da Varig a um fundo norte-americano é "muito grave para alguém que tem muitas responsabilidades". Virgílio disse, porém, ser contrário à instalação de CPI para investigar as denúncias contra Dilma.
"O problema é que este ano teremos convenções partidárias, eleições. Temos condições de nós aqui no Senado arcar com as responsabilidades de uma CPI em pleno ano eleitoral? Temos a possibilidade da ida de certas pessoas à Comissão de Infra-Estrutura. Se isto não bastar, temos que pensar numa atitude mais dura", afirmou.
Pode até ser, porém não se pode deixar de pensar em que uma outra CPI poderia trazer a tona mais acusações, e que nelas poderiam estar inclusos personagens até então desconhecidos e fora do script.
Apesar de que a oposição não cogite a hipótese da criação de uma nova CPI, não há dúvidas do quanto farão, assim como a José Dirceu, ficar difícil para se respirar dentro do ambiente da Casa Civil, a menos que temam uma exposição de conteúdos menos técnicos e mais apelativos com os gastos da gestão do PSDB.
O senador Heráclito Fortes (DEM-PI) disse que Dilma precisa esclarecer as denúncias no Senado para "preservar a sua autoridade, imagem e autonomia" como ministra-chefe do governo Luiz Inácio Lula da Silva.
"O que precisamos é de apuração, até porque há uma necessidade do próprio presidente Lula de preservar a sua ministra, a quem ele escolheu para ser, como ele próprio chama, a mãe do PAC e que tem sobre a sua mesa e sob a sua responsabilidade o destino de bilhões de reais desse programa", disse o democrata.
À sotavento
Denise Abreu afirma que a ministra a desestimulou a pedir documentos que comprovassem a capacidade financeira de três sócios brasileiros (Marco Antonio Audi, Luiz Eduardo Gallo e Marcos Haftel) para comprar a Varig, uma vez que a lei proíbe estrangeiros de possuir mais de 20% do capital das companhias aéreas.
Segundo a ex-diretora da Anac, a venda da VarigLog e da Varig ao fundo norte-americano Matlin Patterson e aos três sócios brasileiros teve a interferência da ministra para que fosse executada. Abreu, que se diz vítima de uma armação, afirmou ainda que a filha e o genro do advogado Roberto Teixeira - amigo do presidente Lula e cujo escritório era representante dos compradores à época - usaram sua influência para pressioná-la.
Depois do fim da CPI dos cartões coorporativos, reportagem da Folha de São Paulo deste domingo afirma que parlamentares da oposição vão tentar aprovar a convocação da ministra – chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff ,nas Comissões de Infra-Estrutura e Constituição e Justiça do Senado para depor sobre denúncias de que interferiu na venda da Varig em favor a um compadre do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. Já está decidido: o que se deseja é derrubar a ministra Dilma e forçar o presidente Lula a negociar com a oposição a aprovação de sua re – reeleição a todo custo, o que traria vantagens aos seus opositores.
O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (PSDB - AM), disse querer nos próximos dias, reapresentar o requerimento de convocação na CCJ para que a ministra possa dar maiores explicações e ficar frente a frente com ele. "Eu tenho uma convocação da ministra para ser votada na Comissão de Constituição e Justiça para falar sobre o dossiê (com gastos dos cartões corporativos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso) e ela já está envolvida num outro negócio. Eu aconselharia a ministra a dar um paradinha, a dar uma rezadinha, ir a uma igreja, jogar sal grosso no corpo, eu aconselharia a ministra a meditar sobre o que anda fazendo, sobre as atitudes que toma", afirmou.
Na casa dos santos, onde mora a oposição, a denúncia de que Dilma praticou tráfico de influência para garantir a venda da Varig a um fundo norte-americano é "muito grave para alguém que tem muitas responsabilidades". Virgílio disse, porém, ser contrário à instalação de CPI para investigar as denúncias contra Dilma.
"O problema é que este ano teremos convenções partidárias, eleições. Temos condições de nós aqui no Senado arcar com as responsabilidades de uma CPI em pleno ano eleitoral? Temos a possibilidade da ida de certas pessoas à Comissão de Infra-Estrutura. Se isto não bastar, temos que pensar numa atitude mais dura", afirmou.
Pode até ser, porém não se pode deixar de pensar em que uma outra CPI poderia trazer a tona mais acusações, e que nelas poderiam estar inclusos personagens até então desconhecidos e fora do script.
Apesar de que a oposição não cogite a hipótese da criação de uma nova CPI, não há dúvidas do quanto farão, assim como a José Dirceu, ficar difícil para se respirar dentro do ambiente da Casa Civil, a menos que temam uma exposição de conteúdos menos técnicos e mais apelativos com os gastos da gestão do PSDB.
O senador Heráclito Fortes (DEM-PI) disse que Dilma precisa esclarecer as denúncias no Senado para "preservar a sua autoridade, imagem e autonomia" como ministra-chefe do governo Luiz Inácio Lula da Silva.
"O que precisamos é de apuração, até porque há uma necessidade do próprio presidente Lula de preservar a sua ministra, a quem ele escolheu para ser, como ele próprio chama, a mãe do PAC e que tem sobre a sua mesa e sob a sua responsabilidade o destino de bilhões de reais desse programa", disse o democrata.
À sotavento
Denise Abreu afirma que a ministra a desestimulou a pedir documentos que comprovassem a capacidade financeira de três sócios brasileiros (Marco Antonio Audi, Luiz Eduardo Gallo e Marcos Haftel) para comprar a Varig, uma vez que a lei proíbe estrangeiros de possuir mais de 20% do capital das companhias aéreas.
Segundo a ex-diretora da Anac, a venda da VarigLog e da Varig ao fundo norte-americano Matlin Patterson e aos três sócios brasileiros teve a interferência da ministra para que fosse executada. Abreu, que se diz vítima de uma armação, afirmou ainda que a filha e o genro do advogado Roberto Teixeira - amigo do presidente Lula e cujo escritório era representante dos compradores à época - usaram sua influência para pressioná-la.