domingo, 21 de dezembro de 2008

Calçados no lucro


Paula Mattäus

Este negócio de jogar calçados em autoridades começa a render bons lucros. O modelo atirado contra o presidente dos Estados Unidos George W. Bush é produzido por uma fábrica no Paquistão. Esta, após a repercussão do ocorrido, recebeu encomendas em dobro sobre a atual produção dos sapatos . Será que o jornalista vai topar ser garoto – propaganda da marca? Bem, se ele não topar, tem gente o imitando aqui em Brasília. Como se pode perceber, não faltará quem queira ocupar o posto.

Pensando nisso, quero propor na Francal – a feira de calçados de Franca, a criação de um modelo parecido. Igual não... Parecido. (Não quero fazer cópia de ninguém). Se nenhuma das fábricas brasileiras toparem o licenciamento da marca, quem sabe, pessoal da Pancaldi, Baldinini, Giancarlo Paoli... Ferré...(Ferré fica muito chic, pode ser bem simples mesmo. Quanto mais simples, melhor). Vão querer?!?! Mercado consumidor é o que não vai faltar e ponho o nome nisso. Já dá para ir pensando no slogan...

(Ah, o quê que a gente não faz em tempos de crise!)

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Em solidariedade ao nobre colega, dôo saltos

Paula Mattäus

Se for para não prestar, que não preste mesmo. Se for para fazer uma besteira, que a faça bem feita!
Quem faz deve fazer com F maiúsculo!
Senhor jornalista, que coisa feia hein... Atirar sapatos em um homem "bom", "honesto", "trabalhador"... "Inocente", coitado!
Enquanto eu estiver desfilando na praça, te garanto, não faltará para ti munição...
Quebrou um salto 15 aqui: se eu tivesse o poder para contratar alguém, traria o senhor para trabalhar comigo, no Brasil. Simplesmente adorei o que o senhor fez, o apoio e faria, talvez, coisa pior. Sabe, tô tentando me refinar... Tô tentando. Só te peço uma coisa: da próxima vez, vê se acerta tá! A torcida é muito grande!
(Passa aqui em Brasília para que eu possa te arrumar uns saltos agulha, vou tentar arrumar uns de bom couro).
Gente, uma salva de palmas. O homem é um herói! Bush, se renda. Este senhor além de muito justo, conseguiu provar que o senhor estava certo. O Iraque possui mesmo as tais “armas químicas”. (Acho que alguém já disse isso... Desculpa, quem foi mesmo?)

domingo, 14 de dezembro de 2008

Política: enquanto tarifas sobem, Lula incentiva consumo


Paula Mattäus

Início de um novo ano, novas contas a pagar. Pensamento pessimista, não? Em absoluto. O presidente Luís Inácio Lula da Silva gostaria aumenta – las. É pensando em você, caro leitor que ele está ainda a incentivar o consumo, mesmo com a previsão de reajuste de preços para algumas commodities, tarifas e serviços chegando a ultrapassar os 6%. O reajuste tem a finalidade de se equiparar os preços com a inflação em 2009 com a registrada no mesmo período deste ano que está por findar.

Com aumentos consecutivos na taxa básica de juros, (Selic) pelo Banco Central, aumento nos juros para empréstimos e uso de cartões de crédito, a economia está a dar sinais claros que pretende que haja uma desaceleração no consumo. Consequentemente, uma queda no crescimento do País é esperada para o próximo ano, o que vem de encontro aos pedidos e desabafos do presidente.

Lula faz declarações intrigantes, está ainda a pedir aos trabalhadores que consumam. Mesmo com o atual quadro econômico, o presidente incita, quem puder, que compre o carro zero, financie a casa própria, adquira uma. Enfim, diz ser este o melhor momento para a realização de projetos, antes adiados.

O que é controverso pode ser muito interessante, um pouco de mistério não faz mal a ninguém... Uma correção. Para toda regra, há uma exceção: o mercado. Este se mostra totalmente sensível às manobras do governo. É nesta hora que muitos estão a se perguntarem: mas em quem acreditar? Lula estaria a agir de forma masoquista? Nem tanto. Ou ele está a esperar que aconteça um milagre em que a economia mundial se recupere e, com isso, não se prejudique as ações decorrentes do mercado financeiro mundial a setores de base do País, ou caso contrário, usará aquela expressão que há duas semanas não sai mais da boca do povo, considerada por alguns e pela Rede Globo de Televisão como inaudível, para definir um possível grande colapso.

Com as pressões que anda a fazer nos bastidores, ao fazer menção sobre a necessidade da queda da taxa de juros, Lula parece estar do lado positivo da corrente. É o que pelo menos se espera, que neste momento o presidente saiba o que está a acontecer, que o bom senso chegue ao mercado. Também gostaria que os donos de postos de gasolina o tivessem. Assim, não teriam a cara – de – pau de cobrarem R$1,89 no litro do álcool combustível e R$2,89 no litro da gasolina. O jeito é andar de ônibus e, em Brasília, pagar R$3,00 de passagem.

O que é de grande ajuda, se você, estimado leitor, não conseguir aproveitar aqueles “descontos” de concessionárias que, finalmente, decidiram repassar para os consumidores, a redução de impostos como o IOF e IPI, taxa de juros zero e uma infinidade de meses para pagar.

domingo, 7 de dezembro de 2008

Aniversário do Refinado Presente


Paula Mattäus

Hoje, completa um ano que este blog foi batizado. Para mim, um dia muito especial. Neste ano de existência, muita coisa aconteceu. Gostaria de agradecer, especialmente, a pessoa que me incentivou a construi – lo e a alguns gatos (e gatas) pingados que vez ou outra lêem o que baixa na cabeça desta que vos escreve. Também quero pedir desculpas por escrever algumas coisas, ou não. Não gostaria que algumas coisas fossem transmitidas aqui, porém alguns tem me falado. Me perdoem por estes reflexos. Fica aqui a lembrança de que um dia algo foi bom. Desejo melhorar. Sempre.
Obrigada.

Política: Lula quer intervir em decisão do BC

Paula Mattäus

O presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva espera que o Banco Central tome uma decisão para que não precise agir. Uma possível intervenção na política publica e monetária, visando forçar a queda da taxa básica de juros da economia é estudada, caso o BC (Banco Central) mantenha a taxa de juros e não tenha previsão para reduzi – la. A intervenção seria mais que válida, pois se for dada autonomia ao presidente do Banco Central, de pouco adiantará que o Brasil tenha um regime presidencialista.

A decisão de uma possível intervenção veio a calhar com recente pesquisa de opinião onde o presidente se mostra mais forte do que nunca, com uma popularidade recorde de 70% de aprovação (índice bom e ótimo), pesquisa esta elaborada pelo instituto Datafolha. Também, para que não interfira no processo de sucessão, caso eleja um sucessor e que este receba o Estado com um quadro econômico de índices positivos e regularmente constantes nas proximidades do ano eleitoral.

Quanto ao país, a estimativa de crescimento para 2009 que já foi de 6%, passou para 3,5% não chegando a 4%, tem a possível ação de Lula em hora bem – vinda, já que os Estados Unidos declararam publicamente estarem em estado recessivo, o que não se informava e acontecia, somente agora anunciada, 38 dias antes da posse de Barack Obama. Pelo visto, muita gente vai ter que se tratar do quadro depressivo e ficar quieta para não espalha – lo. Enquanto isso, no Brasil, o presidente Lula dará trabalho para quem o contradizer e conta com uma grande força. A do povo para aplaudi – lo.

O aumento da dose do remédio tem entorpecido o mercado que está a dar férias coletivas e a demitir por conta da marola. Perguntei a alguns entendidos, neste domingo, o que achavam das declarações dadas pelo presidente Lula e pelo ministro Mantega. A maioria das respostas vieram ao encontro da pesquisa de popularidade do presidente. Para alguns, Lula somente agiu de forma a não dar importância em um primeiro momento a crise por não compreender, na ocasião, a atual circunstância, apenas servindo como “papagaio” para tudo o que dizia o senhor Mantega.

Alguns dos entrevistados foram categóricos ao afirmarem que Mantega é muito mal – assessorado e que expressa muitas coisas as quais não deveria e fora de hora. Caiu uma bolsa aqui no chão: também tenho esta opinião, mas o que penso ou sinto não vem ao caso...).

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Política:uma ilustre mudança

Foto: Paula Mattäus

Lula, ao que parece, optou por "deixar" a Granja do Torto rumo a Ceilândia. É, aqui mesmo, pertinho da “Faixa de Gaza". Como os senhores, (as), podem ver, está a ser recebido com muito "calorosa recepção"... Diga se de passagem, um pouco atrasada, fazer o quê...

Então tá...


Política:batendo, pela sexta vez, na porta do Céu


Paula Mattäus

Esse negócio de ser político deve ser muito bom. Governador então... uma maravilha! Passagem direta para entrar na “Glória” sem check – in, nem purgatório. Em um Céu de cor diferente, de uma tonalidade de azul bem conhecida em Brasília. (Não, não é proveniente de algum metal refletindo a poluição). É Joaquim Domingos Roriz, ex – governador do Distrito Federal que deseja, pela sexta vez, conseguir chegar lá. Para quem será as outras cinco passagens? Vão pensando...

Depois de renunciar ao mandato de senador em 2007, (sabe se lá o porquê...),estar afastado dos palanques e rodas do cenário desde então, não vê a hora de discursar, anunciando candidatura própria no início do ano que vem, o que foi previsto e como lhes disse anteriormente, vermelhos e azuis irão para o campo de batalha, enquanto verdes correrão por fora.

A tática consiste no seguinte: se realmente se candidatar, o senhor que popularizou o termo “DispoiZ num reclama”, não deixará muita sombra de dúvida se ganhará, ou não, a eleição para governador em 2010. Isso, graças à política do Pão e Circo de que tanto seus eleitores necessitam, amplamente difundida em gestões anteriores, um pouco carente na atual. (Sabe como é, política fiscal, cortes... Esse tipo de coisa).

Estratégias

Se o atual governador, José Roberto Arruda, concorrer na chapa do PSDB à vice – presidência da República, sobrará uma vaga para o cargo que agora ocupa. O vice de Arruda, Paulo Octávio, terá de concorrer junto com alguém. Todo mundo precisa de alguém! (No caso dele, de um vice, já que esta posição não pretende conquistar nunca mais). Como não aceitará estar em segundo lugar, outra vez, poderá ficar fora do jogo. Se por ventura se aliar ao homem da Pomba Azul*, o que poderia estar fora de cogitação, mas não um fato considerado impossível, teriam, os dois candidatos, margem maior frente a uma candidatura petista.

Vale lembrar que o tempo no relógio do “Buritinga” está por findar. O acordo firmado entre o governador Arruda e o vice, Paulo Octávio, termina em 15 de dezembro. A partir do próximo ano, Paulo Octávio deverá assumir o cargo no lugar de Arruda. Claro, se o acordo estabelecido entre os dois senhores for realmente cumprido.

O quê Roriz teria a ver com isso? Muito. Se for levada em consideração as eleições municipais deste ano, em que a maioria dos prefeitos que foram eleitos se reelegeram, uma possível aliança poderá fazer com que o ex – governador aproveite do mesmo trunfo para que saia vencedor. O uso da máquina administrativa, permitindo associações duvidosas, esperadas ou não.

Quem manda

Roriz, por vaidade, também poderá descartar – lhe o uso,(da máquina administrativa) assim como o de alianças de peso para, quem sabe, “provar” que ainda tem poder de voto e de voz na capital do País, apenas a considerando como quintal de uma das fazenda dele.

Agora, pensar que o cidadão que falava de frente ao “ Forró do Gerso”, onde se lia claramente: forro de gesso, na cidade – satélite de Samambaia, o senhor que tem várias comunidades no Orkut em sua homenagem, dentre elas, “Aposeeeenta, Roriz!”, ou a mais famosa, “Roriz se alimenta de criancinhas”, (essa é pesada!) um dia cogitou a hipótese de se aliar ao Partido dos Trabalhadores (PT), é querer ver a coisa ficar roxa na cidade.

Acreditar, ainda, que Dunga é somente um dos sete anões e que eles ficaram famosos por conta da Polícia Federal, (quem não ouviu falar nos “Anões do Orçamento”?!?!), que a madrasta é, na verdade, mãe da Cinderela... Vamos “viajar”! Descobrir que na outra encarnação, Osama Bin Laden era um banqueiro judeu... (Desde já, peço desculpas a todos das comunidades espalhadas pelo mundo. Por favor, não me chamem de impura... Já basta que Bin Laden me chame de infiel!)

Vamos imaginar uma coisa bem pior: que Bush seja a reincarnação de algum comuna e, agora, a minha parte, o impossível... que Papai Noel vá lá em casa, com todo aquele pigarro: “ho-ho-ho”, usando um terno preto, (Giorgio, arruma algo decente para ele!), caia no telhado, quebre a minha lage e ofereça um estágio para esta que vos escreve, em plena crise mundial e mudança nas leis...

Vão sonhando...

Que ironia não?!? Saber que o senhor Joaquim Domingos Roriz foi o fundador do PT no estado de Goiás e que, hoje, diz ter ogerize do partido...

*Esta espécie é rara e está em extinção. Elas nascem e crescem em cativeiro com um único objetivo: serem soltas em alguma inauguração ou grande comício. Estima – se que grande parte delas sejam de um tipo diferente de azul, o Roriz. Também são usadas em comícios pelo PSDB. Roriz as empresta. Tucano, de cor azul, tem maior falta na praça. (Com a “doação” de pombas, não se criam problemas com outros partidos nem com o IBAMA, acho. Lugar que tem muito pombo é muito poluído...).

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Política: vale a pena não ver de novo

Paula Mattäus
O que era só uma “marola”, conseguiu passar “por cima do muro”. Com o atual panorama econômico, estima – se que o presidente Luís Inácio Lula da Silva terá problemas em eleger um sucessor, (a). Isso não se deve ao “carisma” da ministra – Chefe da Casa Civil Dilma Rousseff, e sim, a alta na taxa de juros básica da economia prevista para 2010. Consumo em baixa e crescimento idem, farão com que Lula, Meirelles e sua equipe, tenham que mudarem de estratégia.

Há dez anos, um outro presidente teve de fazer malabarismos para se reeleger. Incrivelmente, o país cresceu 0%. Esta “manobra” foi a pirotecnia usada para reeleger Fernando Henrique Cardoso, em meio à crise asiática. Pessimismo a parte, FHC não esperava de Bill Clinton, então presidente dos Estados Unidos, o que o governo atual anseia que seja realizado pelo recém – eleito presidente Barack Obama.

A manobra que elegeu Fernando Henrique pode ter dado certo porque todos atribuíram o sucesso do Plano Real à pessoa do presidente. Elegeria o sucessor de Lula pela continuidade do mesmo? As eleições municipais provaram que não. Afirmaram, aliás, que a propaganda do PSDB pode ser mais influente. Vale a pena não ver de novo atores, ou melhor, uma atriz dizer que tem medo e, no dia seguinte, uma publicação de caráter duvidoso e de gosto também, perguntar ao “amedrontado” leitor se o Brasil vai virar uma Argentina.

Não vale a pena ouvir alguém a perguntar: “Quem é Dilma Rousseff?” - Alguém vai responder – É a ministra – Chefe que ficou no lugar do Dirceu. Foi indicada por ele, inclusive. Sendo básica: é a mãe do PAC. E ter que ouvir que, se Lula escolhesse Sérgio Mallandro para seu sucessor, teria melhores chances. Pensando bem, pelo menos em São Paulo, o presidente poderia dizer que saiu do governo ganhando alguma coisa.

Por outro lado, teria que ser incluídos nessa lista o nome de Clodovil Hernandez, Frank Aguiar, Netinho de Paula... Quem sabe, 21 anos depois, se ele chamasse Sílvio Santos... Vamos ficar com Sérginho Mallandro mesmo. Se Lula o apoiasse, poderia se ter a certeza de que Mallandro não faria nada para se ajudar a eleger, a começar pelo voto. Nesta eleição, não conseguiu ao menos se dar um voto. Acreditem ou não.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Política não é a ciência da imparcialidade




Paula Mattäus

O último dia 4 pode ser considerado um dia importante para a história e política mundial. Barack Hussein Obama, candidato à presidência da República dos Estados Unidos da América pelo partido Democrata, 47 anos, foi eleito presidente da nação mais poderosa do mundo. A vitória de Obama foi bem recebida pelo governo brasileiro, entre outros, que acredita que “ nunca, na história daquele país, aconteceram mudanças tão significativas como as ocorridas no ano de 2008”.

Atirem, estimado,(a) leitor,(a), a primeira pedra quem não se emocionou com o fato. A maioria das pessoas as quais conhecemos dizem não gostarem ou entenderem de nada quando o assunto em questão é política. Contudo, são estas mesmas pessoas que mostram, por meio da expressão mais democrática existente,(o voto) que acreditam, esperam e ainda confiam em homens simples, pessoas como o presidente brasileiro Luís Inácio Lula da Silva e o recém – eleito presidente dos EUA. Acreditam que tenham o poder de, sozinhos, transformarem seus respectivos Estados em grandes nações. Apesar de não assumirem, sentem um encantamento.

Confesso que o assunto muito me comove. Chorei, ao assistir a cerimônia de posse do presidente Lula, em seu primeiro mandato, no início de 2003. Quando faço esta declaração, não pretendo que me vejam como um ser pior ou melhor por este simples fato. Muitos dirão que o papel do jornalista não seria este, que deve agir e reportar aos fatos de forma imparcial. Enfim, dirão “n” coisas sobre a figura de um ser que não pode. Tenta ser isento. Quem fala o que quer, não pára para se perguntar: e eu? Sou ou não imparcial? Cabe a cada um responder.

Acredito que enxergar, a quem escreve, de forma a lhe descaracterizar sentimentos, foi ou é, regra de um grupo restrito de influentes profissionais que ganham a vida para colocarem em manuais e códigos, um conjunto de regras visando apenas deixarem “a coisa mais bonitinha”. É sabido que, aqueles que fazem as leis, ou seja, os legisladores, são os primeiros a não cumpri – las. Isso é regra, desde o princípio.

Assim como de Lula, muita coisa se espera do senhor que se elegeu presidente dos EUA. Muitos se atentam em copiar cada gesto ou palavra que, para ele, somente para ele, pesa e tem o maior de todos os impactos porque ninguém será ou terá sentimentos iguais aos dele, se não for o mesmo: ou seja, Barack Obama. Coincidências? Sim, poderão como já estão a ocorrer. Um bom exemplo, é que Obama terá certas dificuldades para agir, de forma a mudar os rumos da economia norte – americana, se contar com apoio do congresso, de maioria republicana, assim como o presidente Lula que, para se sair bem, de vez em quando tem de promover “a dança das cadeiras”. Basta se saber quando e como se iniciará o uso deste tipo artifício por parte do governo norte - americano.

Sendo nada imparcial, apenas tentando, que democracia há em eleger delegados em estados – chave para que estes expressem, ou não, a vontade do eleitorado? Pois é assim que funcionam as eleições norte – americanas. O voto é facultativo, ou seja, ninguém é obrigado a votar. Os que desejam participar das eleições tem de se registrar para fazerem parte do processo como eleitores, o que, em alguns condados é permitido inclusive no dia da eleição.

O 44º presidente eleito nos Estados Unidos tomará posse no dia 20 de janeiro de 2009. Barack Obama tem em suas mãos uma grande responsabilidade, nas costas, um enorme peso. A missão de, se não resolver, pelo menos melhorar a situação de questões não somente internas. Espera – se muito do senhor Obama. O que puderem contra ele, farão contra. O tornarão um “Deus”, assim como fizeram ao presidente Lula. Tentarão tornar de Obama um ser calculista, ou pelo menos sua imagem, a ponto de colocarem suas bases em questão, bases estas que o ajudaram a se eleger.

Obama pode ser grande. Aliás, é. Representante das minorias, realizou um sonho que se tornou realidade. Conta com o apoio e a simpatia de um povo que decidiu se manifestar. Sua eleição bateu recorde de eleitores que viram na imagem dele, alguém em quem confiar. O senhor Obama, assim como esta que está a postar neste blog, tentará, porém não conseguirá ser, a todo tempo, um ser imparcial. (Graças a Deus). Sendo objetiva, não se pode esperar que mudanças partam de um único ser.

É preciso somar forças. Foi com a soma delas que o considerado impossível, não só para o novo presidente, mas para o povo americano, aconteceu. Se vou chorar no dia 20? Pode ser, é bem provável. Tenho sentimentos. Discursos me emocionam e tenho certeza, devem emocionar a Obama também.

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Política: eleições 2008, segundo turno


Poder da máquina foi o grande vencedor

Paula Mattäus

O segundo turno das eleições municipais de 2008, realizado neste domingo, 26 de outubro, deixou claro tanto para candidatos quanto para eleitores que o uso da máquina administrativa pesa. E muito. Sete em cada dez prefeitos que disputaram o segundo turno, vão assumir o cargo mais uma vez. Isso se deve ao maior tempo de exposição em programas dos partidos, no rádio e televisão, e mais verba para investir pesadamente neles. Para isso, basta que se tome como exemplo o prefeito reeleito da cidade de São Paulo Gilberto Kassab (DEM). Além dos altos índices de aprovação de sua gestão, Kassab teve uma boa soma para obter o controle da campanha à prefeitura paulistana.

Apesar do PT ser o partido que obteve a maior votação no segundo turno, com 5.100 milhões de votos, fica provado, com o resultado das eleições que, para Lula, não houve transferência automática de votos, mesmo estando no auge de sua popularidade. Como o previsto, seu poder de transferência não chegou a candidata do partido, a ex – ministra do Turismo Marta Suplicy, que teve 39,28% dos votos. O vencedor, Gilberto Kassab (DEM), foi reeleito com 60,72% dos votos válidos.

O Partido Democratas conta com um governador, no Distrito Federal, um prefeito, na cidade de São Paulo, e mais 500 prefeituras de municípios.

Como também foi previsto, quem confirmou duas chapas vitoriosas foi o PSDB. A já citada, em São Paulo, onde José Serra apoiou Gilberto Kassab e se deu bem, e em Minas Gerais, onde Aécio Neves, com sua estanha e para alguns, promíscua aliança, confirmou a vitória de seu apoiado. Márcio Lacerda (PSB), venceu Leonardo Quintão (PMDB), com 59,12% dos votos. Quintão teve 40,88% dos votos válidos.

Tanto o PT quanto o PMDB conseguiram eleger prefeitos em seis capitais. O PT ficou com as prefeituras de Palmas (TO), onde Raul Filho venceu com 44,52% dos votos válidos. Boa Vista (AC), onde com 50,82% dos votos válidos, venceu Raimundo Angelim, de Recife (PE), com 51,54%, vencendo João da Costa, de Vitória (ES), a vitória, com 65,03% dos votos válidos, foi de João Coser, reeleito. De Fortaleza (CE), onde Luisiane Lins, foi eleita em primeiro turno, e por último, em Porto Velho (RO), onde Roberto Sobrinho foi reeleito prefeito, com 59,51% dos votos válidos.

O PMDB ficou com as prefeituras de Porto Alegre (RS), onde venceu o prefeito José Fogaça, conseguindo 58,95% dos votos válidos, contra 41,05% dos votos de Maria do Rosário (PT). O que era esperado. Não houve transferência de votos lá também e nem maiores emoções.
Do Rio de Janeiro (RJ), onde venceu Eduardo Paes, com 50,83% dos votos válidos contra 49,17% dos votos de Fernando Gabeira (PV). A vitória de Paes só pode ser definida após a apuração de 92% das urnas. Uma boa disputa.
Goiânia (GO), onde Íris Rezende foi eleito no primeiro turno, com 74,16% dos votos válidos, de Salvador (BA), onde João Henrique Carneiro, com 58,46% dos votos válidos venceu Walter Pinheiro (PT), que teve 41,54% dos votos válidos.
Campo Grande – (MS), onde foi eleito em primeiro turno Nelsinho Almeida, tendo 41,71% de votos válidos e em Florianópolis (SC), onde Dário Berger venceu Esperidião Amin (PP), com 57,68% dos votos válidos. Amin, teve 42,32% dos votos válidos.

Em Manaus (AM), Amazonino Mendes (PTB), ganhou as eleições com 57,13% dos votos válidos contra Serafim Corrêa (PSB), com 42,87% dos votos válidos. Também, na região norte do país, em Belém (PA), Duciomar Costa (PC do B), venceu a eleição com 59,60% dos votos válidos. O segundo colocado foi José Priante (PMDB), com 40,40% do total de votos. Continuando na região norte do País, em Macapá (AM), Roberto Goes (PDT) venceu Camilo Capiberibe (PSB), com 51,66% dos votos válidos. Capiberibe teve 48,84% dos votos válidos.

No nordeste, em São Luiz (MA), Roseana Sarney não conseguiu eleger seu apoiado. João Castelo (PSDB), foi o eleito com 55,84% dos votos válidos contra Flávio Dino (PC do B), que teve 44,16% dos votos.

Na região centro – oeste, em Cuiabá (MT), venceu Wilson Santos (PSDB), com 60,47% dos votos. Mauro Mendes (PR), teve 39,53% dos votos válidos.

Quando o assunto é eleição de 2010, as declarações são parecidas. Se ninguém quer se pronunciar sobre o assunto agora, mudará de atitude quando o governo começar a fazer mudanças na base aliada, pois ele irá precisar. Alguns especialistas dizem que as eleições municipais não têm relações com a eleição para a presidência. Esta que vos escreve, que não é especialista em nada, acredita que isso seja uma visão equivocada.

Se o presidente Lula percebeu que quem está no poder, tem e terá condições de permanecer, mesmo sem o uso de seu apoio, ele que foi reeleito, assim como 67% do total de prefeitos que disputaram as eleições e, com o domínio de uso da máquina, saíram vencedores, se seguida a tendência, agora “como nunca na história deste país”, deve achar que eleger um, (uma) sucessor, (a), não será uma tarefa tão difícil assim. Mesmo que seja um poste.

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Política: continuem tendo fé

Eleições misturam democracia com baixaria
Paula Mattäus

Quando o assunto é eleição, pode não se saber quem é quem. O que se sabe é o que todos querem: ganhá – la.
Mesmo que isso se dê às custas de toda a sorte, se isso for sorte, de golpes. A baixaria que se instaura, acaba por revelar que se o eleitor se utilizar da falta de responsabilidade moral como requisito para não votar, acabará, com algumas exceções, por não votar em ninguém.

Ontem, na cidade do Rio de Janeiro, foram distribuídos aos fiéis da Igreja Universal do Reino de Deus, de autoria da vereadora Lilian Sá – (PR), folhetos acusando o deputado Fernando Gabeira – (PV), de ter projetos de lei que cancelam o crime de exploração sexual infantil e o crime de tráfico de mulheres com a finalidade de exploração.

Os folhetos estavam sendo distribuídos na entrada de um dos principais templos da Igreja Universal, com a capacidade para receber 12 mil pessoas. Militantes agitavam bandeiras do PMDB em frente ao templo, o que dá para perceber que é totalmente descartada a possibilidade de política e religião não se misturarem. Em volta da mesa, um prato indigesto, porém, que não deixa de ser servido.

Para Gabeira, o texto dos folhetos distorce seu projeto de legalização da prostituição, apresentado em 2003, e o da revogação dos artigos 217 e 218 do Código Penal, sobre sedução e corrupção de menores. O que o candidato gostaria e propôs, foi a revogação dos artigos 217 e 128 do referente código que tratavam da prostituição. Porém, o projeto original, mantinha o artigo 230, que justifica como ato criminoso tirar proveito da prostituição alheia, tendo participação em seus lucros.

O que deseja o opositor de Fernando Gabeira, que diz desconhecer a origem e o texto dos panfletos, é em véspera de eleição, retirar algum possível apoio de eleitores da ala evangélica, o que se justifica, afinal, o senador Marcelo Crivella – (PRB), teve consideráveis 19,03% dos votos válidos. O que não se justificaria seria o possível desespero do PMDB, já que, Crivella, após perda em primeiro turno, declarou apoio a Paes.

Seria bom que as coisas, pelo menos na reta final das campanhas, tomassem um rumo mais transparente, menos pejorativo, o que demonstra pouca fé por parte dos candidatos e marqueteiros nos institutos de pesquisa de opinião, já que, em primeiro turno “erraram” ao divulgarem uma diferença de quase 10 pontos percentuais entre Marcelo Crivella e Fernando Gabeira, por isso, apelam para o que podem.

Marqueteiros, suas empresas, máquinas da bestialidade, estão longe de saber se estão a atacar a honra, a moral de alguém. O que importa é atacar. Segundo Luiz Márcio Pereira, juiz eleitoral, a publicação pode configurar crime eleitoral contra a honra de Gabeira. Também disse que o tribunal estaria, desde ontem, a apurar o ocorrido.

Em São Paulo, o clima só tende a esquentar. No debate realizado pela Rede Record de Televisão, neste domingo, a troca de acusações e o clima de “voltamos ao jardim de infância” imperou. No terceiro bloco do debate, a ex – ministra do Turismo Marta Suplicy – (PT) acusou o prefeito Gilberto Kassab – (DEM) de “maquiar” os dados de sua gestão como prefeita. Gilberto Kassab, por sua vez, além de comparar sua administração com a de Marta, deixou claro que não se sentia constrangido de receber o apoio de quem se sentia traído no primeiro turno. “O Geraldo Alckmin se posicionou: ele acha a minha candidatura melhor pra São Paulo”. Disse Kassab.

Com certeza, não há a intenção de demostrar ao eleitor que o candidato,(a), está preparado, (a), para assumir a responsabilidade de ganhar um cargo importante do executivo, seja no estado, ou na cidade. O que se pode ver é um testando poder de fogo contra o outro. Se utilizam da democracia para justificarem atos de insanidade, às custas de acusarem, os que tiverem um pouco de bom senso, de censura, caso vetem suas proposições.

Política: programa do Ratinho volta ao ar














E no debate:

"Tem prefeito que não sabe nem dizer o que faz. Tem que ler"
Marta Suplicy (PT)


O DEM bate!
"A ex-prefeita é traumatizada por taxas. Tinha até um apelido"
Gilberto Kassab (DEM)


(O apelido, para os esquecidos, era Martaxa).

Política: as bençãos de "Deus"

A menos de uma semana do segundo turno das eleições municipais, o presidente Lula parece não convencer o eleitorado, eu disse o eleitorado, porque os candidatos...

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Política: Senhor, me dá uma ajuda!




Em época de eleição, fé costuma a falhar

Paula Mattäus

Muita paciência será necessária nestes quinze dias que antecedem o segundo turno das eleições para prefeito, em 11 capitais do país. Se contar por debate, ou programa eleitoral, a lavagem de roupa suja é uma certeza garantida, apesar de que uns e outros digam hoje, em propaganda, que irão apresentar suas propostas “ sem falar mal de ninguém, sem entrar em conflito”. Agora sim, tenha fé, caro leitor: de hoje em diante, o senhor, a senhora que está a ler este, verá que até “Deus” será apedrejado em troca da tua boa fé, e é claro: do teu voto.

Falta de fé por parte do eleitorado e algumas igrejas não tem ajudado aos seus respectivos candidatos. Vejam por exemplo, no primeiro turno das eleições, o caso das candidaturas da Bahia e do Rio de Janeiro. Em ambos, não há coincidências, e sim, a visão clara do destino daqueles que vão contra as políticas do “Deus do Planalto”. Fica então a seguinte pergunta: se os eleitores não elegeram nestes dois estados, os filhos de Deus, irão, agora, eleger os filhos de quem?

Na Bahia, ACM Neto – (DEM), ficou fora de um segundo turno, com 26,68% dos votos válidos. João Henrique Carneiro – (PMDB), que se candidatou à reeleição, obteve 30,97% dos votos válidos e Walter Pinheiro – (PT), em segundo lugar, com 30,06% dos votos. O que foi uma surpresa para ambos, já que tanto Carneiro quanto Pinheiro, de partidos da base governista na Bahia, esperavam usar um grande arsenal para testar a resistência do poder do carlismo naquele estado. ACM Neto, no ínicio da campanha, assumiu a liderança nas pesquisas de intenção de voto durante boa parte do primeiro turno. Nem mesmo a reza forte do vice da sua chapa, o deputado federal Márcio Marinho - (PR) deu certo.

No Rio de Janeiro, uma história bem parecida. O senador Marcelo Crivella – (PRB), que no início da campanha, contava com 27,6% das intenções de voto, onde Eduardo Paes – (PMDB), tinha apenas 9%, ou seja, um dígito, isso em pesquisa realizada em 03 de julho. Não ficou, também, nem mesmo para o segundo turno. Crivella, teve apenas 19,03% dos votos válidos, sendo ultrapassado pelo deputado Fernando Gabeira – (PV), com 25,61% dos votos válidos. Quem ficou em primeiro lugar, foi o candidato de um digito, Eduardo Paes – (PMDB), com 31,28% dos votos válidos. Será que a reza forte de Crivella também não ajudou?

E o que teriam Márcio Marinho e Marcelo Crivella em comum? Entre outras coisas, ambos são bispos da Igreja Universal do Reino de Deus. O líder da igreja, senhor bispo Edir Macêdo Bezerra, (que é tio de Crivella), lançou um livro chamado “Plano de Poder”, nesta publicação, o bispo prega que “Deus” teria um plano político para os fiéis de sua igreja e para os evangélicos que fossem seus aliados. Macêdo faz uma alusão, seguindo o “ projeto de nação” que Deus teria sonhado para os hebreus, a quem ele chama por cristãos.

A única dúvida, agora, é saber se esse “Deus” seria o nosso “ Deus”, o presidente Luís Inácio Lula da Silva. Onipresente e onipotente, ele sempre dá um jeito de aparecer, se não for em um palanque, isso para não provocar rusgas entre os aliados, a quem ele também chama de cristãos – antes, eram companheiros – aparecerá também no programa eleitoral gratuito, logo mais, mesmo que tenha sua imagem usada em vão, só para não dizerem que ele não está a apoiar o cristão A ou B...

Se por um lado, os “ Demos”, - é assim como Lula chama os Democratas - querem o atacar, e se um não teve êxito: atacando Lula, ACM Neto parou de crescer. E o inevitável, Carneiro e Pinheiro se aproveitaram da situação, a citar em suas respectivas campanhas, a “surra” que Neto prometera ao presidente... Por outro, a ordem dos fatores pode alterar o resultado do segundo turno, dia 26 de outubro. Basta – se saber se acontecerá, em São Paulo, o mesmo que mudou as eleições na Bahia e no Rio de Janeiro.

Será que só orando vai dar para melhorar? Em se tratando de qualquer calgo, para Lula, no estado, ou na cidade de São Paulo, em época de eleições, a fé costuma a falhar...

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Política: eleições 2008




Muitos erros escondem algumas surpresas

Paula Mattäus

As eleições municipais de 2008, acontecidas neste domingo, 05 de outubro, revelaram mais que erros de institutos de pesquisa. Mostraram que o povo brasileiro está cada vez mais consciente, ao exercer o seu direito, neste caso, o de votar. A mão de benção e a popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, parece não ter persuadido, pelo menos, as principais capitais, colégios aos quais o governo necessita de prestígio. Um mau acordo em Minas Gerais, trapalhadas no Rio de Janeiro, traições em São Paulo e desunião no Rio Grande do Sul, poderão deixar caras as alianças que, a partir de agora, se farão mais que necessárias.

Das 26 capitais onde aconteceram as eleições, 15 delas, decidiram em primeiro turno quem serão seus novos prefeitos. Seis delas, estarão sobre o comando do PT – Partido dos Trabalhadores. Esse é o caso de Palmas – (TO), onde Raul Filho - (PT), venceu, com 44,52% dos votos válidos. Em Rio Branco – (AC), com 50,82% dos votos válidos, venceu Raimundo Angelim - (PT), - vale lembrar que este foi reeleito – Em Recife – (PE), com 51,54%, também venceu João da Costa - (PT). Em Vitória – (ES), a vitória, com 65,03% dos votos válidos, é de João Coser - (PT), também reeleito. O PT teve expressiva votação na região nordeste, o que já era esperado.

Em São Paulo – (SP) e em Belo Horizonte – (MG), só o PSDB se deu bem com as apostas. O apoiado por José Serra, Gilberto Kassab – (DEM), teve 33,61% dos votos, o que deixou bem claro não adiantar muito a influência do presidente Lula, sobre a campanha da ex – ministra do Turismo Marta Suplicy – (PT), que teve 32,79% dos votos válidos, concentrando mais eleitores na periferia, onde desenvolveu trabalhos bem lembrados. Marta diz que o “tendão de aquiles” no segundo turno, será o passado de Kassab. A relação dele com o ex – prefeito Celso Pitta.

O que mais impressiona é a auto – confiança do presidente Lula, ao dizer a candidata: “vamos ganhar essa eleição”. A alta popularidade, o fez por um minuto, talvez, esquecer que, nas duas eleições para presidente, ele não ganhou em nenhum dos dois turnos em São Paulo – Mas já que é Lula quem pede, pensa que o povo deverá atender - Geraldo Alckmin, ficou em terceiro lugar, com 22,47% dos votos válidos e se diz fiel ao partido, quando o assunto é segundo turno. Paulo Maluf, aparece em quarto lugar, com 5,92% dos votos válidos.

Na Câmara Municipal paulista, o PT vence com 16 vereadores. O DEM está em segundo, com 14 vereadores e PSDB e PHS, ocuparão 13 vagas.

Em Belo Horizonte – (MG), tudo que tinha para dar errado, deu. Uma possível aliança do PT com o PSDB. Quem se saiu bem desta, foi Aécio Neves – (PSDB). O eleitor mineiro achou que apoiar a aliança seria muita promiscuidade... Perguntam, agora, que “postes” o “ídolo” irá eleger. Minas terá segundo turno. Márcio Lacerda – (PSB), enfrentará Leonardo Quintão – (PMDB). A guerra só está começando.

Em uma das eleições mais emocionantes do país, Salvador – (BA), protagoniza um quadro de erros por parte dos institutos de pesquisa e revelações: o nome ACM parece não demonstrar mais tanto carisma. ACM Neto, ficou para trás, em terceiro lugar, na disputa em que estão o apoiado do ministro da Integração Geddel Vieira Lima, João Henrique – (PMDB), com 30,96% dos votos válidos, e Walter Pinheiro – (PT), apoiado pelo governador Jacques Wagner, com 30,06% dos votos válidos. A margem de erro entre as pesquisas e os dados oficiais é de quase dez pontos percentuais.

Mas não foi só na Bahia que “surpresas” deste tipo aconteceram. No Rio de Janeiro – (RJ), um dos candidatos, que chegou a estar em primeiro lugar nas pesquisas, não ficou nem para o segundo turno. O senador Marcelo Crivella – (PRB), teve apenas 19,03% dos votos válidos, sendo superado pelo deputado Fernando Gabeira – (PV), o “candidato da zona sul”, que surpreendeu. Teve, além do apoio do prefeito César Maia, 25,61% dos votos válidos. Em primeiro lugar, Eduardo Paes – (PMDB), com 31,28% dos votos válidos.

Uma boa trapalhada, já que, a união entre as esquerdas pela definição de um nome, poderia ter dado certo, assim, o governo teria um candidato, no Rio de Janeiro, vencendo em primeiro turno. Além da falta de articulação, mais dois problemas: primeiro, a declaração de não apoiar Gabeira, por ele ser “moralista” e, segundo: Eduardo Paes, um dos principais nomes no caso Mensalão, um dos homens que ajudaram a derrubar o então ministro da Casa Civil, José Dirceu, receberá, agora, apoio do PT? Lula ainda terá o título de “ menino do Rio” após tudo isso? Ah... o destino...

Já em outro Rio, o Grande do Sul, em Porto Alegre, muito mais por desunião que por trapalhada, o governo não conseguiu emplacar um nome. Em terceiro lugar, Manoela D´ávila – (PC do B), teve 15,03% dos votos válidos, muito abaixo do valor que expunham as pesquisas, contra 22,73% de votos da deputada Maria do Rosário – (PT). As pesquisas apontavam a disputa de voto – a – voto entre as candidatas, o que não aconteceu. Em primeiro lugar, o prefeito José Fogaça – (PMDB), conseguiu 43,85% dos votos válidos, indo para o segundo turno, com Maria do Rosário.

Quando se fala do Rio Grande, fala – se em mudança. Lá, tudo pode acontecer. Esquerda e direita sempre estiveram bem separadas. É tradição. Se as esquerdas, também lá, tivessem se unido em prol de uma única candidatura, a essa hora, poderia se ter a vitória, em primeiro turno, de um candidato apoiado pelo governo. Agora, o que o governo não poderá desprezar, é uma aliança com o PC do B. Afinal,15,03% dos votos farão uma grande diferença. Creio que, já nesta semana, meus conterrâneos tenham se definido. Se antes, a eleição em Porto Alegre era vista como uma caixinha de surpresas, com o atual panorama, não ficará muito difícil saber o que será decidido.

Previstas e bem definidas foram as eleições em Goiânia – (GO), onde já se esperava que o ex – governador e presidente do PMDB, Íris Rezende, fosse ganhar o pleito, no primeiro turno, com 74,16%. Em Curitiba – (PR), Beto Richa – (PSDB), foi reeleito, com 77,27% dos votos válidos. Em Natal – (RN), Micarla de Souza – (PV), é a mais nova prefeita eleita, com 50,84%. Em Maceió – (AL), a expressiva votação foi para Cícero Almeida - (PP), que teve 81,49%. Em Fortaleza – (CE), Luisiane Lins - (PT), também foi eleita em primeiro turno, com grande votação. Em Teresina – (PI), Silvio Mendes – (PSDB), foi eleito também nestas mesmas condições, com 71% dos votos válidos. Em João Pessoa – (PB), Ricardo Coutinho - (PSB), foi eleito com 73,85%. Em Boa Vista - (RR), Iradilson Sampaio - (PSB) se reelegeu prefeito com 54,35% dos votos válidos. O segundo colocado foi o deputado Luciano Castro - (PR), 41,64%. Já em São Luíz - (MA), o apoiado de Roseana Sarney, Flávio Dino - (PC do B) irá para o segundo turno, com João Castelo (PSDB).

Em Cuiabá – (MT), Wilson Santos - (PSDB), vai para o segundo turno com Mauro Mendes - (PR). Em Campo Grande – (MS), foi a vez de Nelsinho Almeida – (PMDB), conquistar a preferência do eleitorado, tendo 41,71% de votos válidos. Em Florianópolis – (SC), Dário Berger – (PMDB) irá para o segundo turno, enfrentando o veterano Esperidião Amin - (PP). Em Manaus – (AM), Amazonino Mendes - (PTB), teve 46,21% da preferência dos eleitores, mas irá para o segundo turno, com Serafim Corrêa - (PSB). Em Belém – (PA), Duciomar Costa – (PC do B), irá para o segundo turno com 35,31% dos votos válidos, com José Priante - (PMDB), 18,83% de votos válidos. Em Aracaju – (SE), vence Edivaldo Nogueira - (PC do B). Em Porto Velho – (RO), Roberto Sobrinho - (PT), foi reeleito prefeito. Sobrinho foi o vencedor, com 59,51% dos votos válidos. Em Macapá - (AM), Camilo Capiberibe (PSB) e Roberto Góes (PDT), também decidirão as eleições no segundo turno.

domingo, 28 de setembro de 2008

Política: mercado pesqueiro ganha espaço na capital

Políticos discutem melhor forma de vender peixe

Paula Mattäus

Pesquisas feitas por um deputado distrital revelam: aumentou o consumo de pescados entre as classes A e B. O deputado Cabo Patrício – Líder do PT na Câmara Legislativa – “descobriu” o que uma publicação de grande circulação já havia descoberto. A compra – com recursos públicos – de 1quilo de camarão por R$ 3.023,83. Um quilo representaria 72 camarões. Cada camarão saiu pela quantia de R$42.

Nenhuma novidade se a excentricidade não tivesse partido do governador José Roberto Arruda. Em tempos de eleição, deve – se ter muito cuidado, já que a disputa entre vermelhos e azuis nesta cidade é mais que tradição. Um verde vai correr por fora, e a guerra? Apenas começou. Preparados ou não, vão se utilizar das graças do “deus de vermelho” e a qualquer ataque, repetirão o bordão mais conhecido na história desse país: “ deixa o homem trabalhar”.

Estes “preparados” dão uma de João Plenário e só agem quando publicações – mas tem que ser as importantes – dão o tom da pergunta. A resposta é bem conhecida: “ninguém me avisa”. Enquanto posturas são tomadas em relação às futuras candidaturas, a cidade sobrevive sendo explorada por um pequeno grupo que controla 50% de toda a renda, deixando o que é injusto, continuar ainda mais desigual.

Reclamar por ter um viaduto construído por R$ 25 milhões, é fácil. O difícil é não ter a mínima cerimônia de deixar isso explícito lá. Se tem uma coisa a qual o governador aprendeu com seus antecessores, é que um “bom” governo deixa grandes obras. Visíveis obras. Graças a construção do viaduto, por incrível que pareça, era uma obra de ordem necessária, a faixa com o protesto teve lugar para ficar, e o melhor: alguma serventia.

Tentar alienar uma população que anseia por justiça é crime. Se por um lado, uns estão a gastar o erário com pescados, outros querem se aproveitar do prato e ver o que sobra para a eleição. Mas o que dizer de um parlamentar que não é apoiado nem mesmo pela própria corporação? Ao invés de ataques, poderia abrir bem os olhos para ver a “obra de caridade” que o governador está a patrocinar. Se antes, os moradores de rua não tinham onde ficar, agora, eles poderão contar com o viaduto para se abrigarem...

Arruda parece estar muito ocupado, tem trabalhado bastante... O vice dele não o tem deixado em paz... São muitos acordos. É tanto trabalho, que jornais de Brasília tem de avisá – lo em que condições estão meninos e meninas na Rodoviária do Plano Piloto. A maioria da população sabe. Há muito tempo, faz parte da realidade de quem a usa. Está ali, tudo bem na vista. Só que o governador nunca teve tempo de aparecer por lá.

Ele, assim como outros, ficam a estudarem como melhor elaborarem seus cartazes. Observam, a cada momento, uma oportunidade de fazerem propaganda, sendo legítima ou não. Arruda ainda passará por grandes dores de cabeça. Foi o que conseguiu com promessas. O problema, é que estas não foram feitas a população e sim, a outro político. Talvez, Arruda não consuma tantos peixes. Os usa como objeto de estudo. Caso queira se reeleger, precisará de uma boa técnica. A primeira lição, consiste em saber como vendê – los.

domingo, 14 de setembro de 2008

Política: quebra de sigilo telefonico está com dias contados

Quebra de sigilo telefônico por 1000 reais

Paula Mattäus*

Reportagem deste domingo, 14 de setembro, de Leonardo de Souza para Folha de São Paulo, revela que pessoas que se intitulam detetives particulares ou funcionários de empresas de telefonia, cobram menos de R$ 1000 para fornecer o extrato de ligações e torpedos de assinantes. Para se comprovar a denuncia, deputados compraram seus próprios dados, com a ajuda da reportagem.

Os senadores Álvaro Dias (PSDB-PR) e Aloizio Mercadante (PT-SP) e o deputado Gustavo Fruet (PSDB-PR) foram os participantes na compra. A publicação comprou de cinco vendedores os dados telefônicos. Um cobrou R$ 700 pelo extrato de um mês, mais R$ 100 pelos torpedos. Outro pediu R$ 600 só pelas chamadas feitas.

Com o ocorrido com a Abin e temendo novas aparições de grampos, na última quarta-feira, a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado aprovou um projeto de lei que agrava a pena para o uso ilegal de interceptações telefônicas. A pena prevista é de dois a cinco anos de prisão, além de pagamento de multa.

No caso de servidor público, a pena será agravada em 50% -podendo chegar a 7 anos e seis meses. A proposta aprovada não precisa passar pelo plenário do Senado antes de ser enviada à Câmara dos Deputados.

O senador Jarbas Vasconcelos (PMDB – PE) propôs uma emenda que proíbe a comercialização dos equipamentos para interceptação telefônica, o que inclui aparelhos de informática e equipamentos de varredura. Em texto apresentado, a venda só poderá ser feita após a regulamentação do Ministério da Justiça.

A partir da aprovação do projeto de lei, o grampo telefônico autorizado pela Justiça não pode ultrapassar 60 dias, podendo ter o limite de até o limite de um ano. Cada prorrogação dependerá de outra decisão judicial, que terá, como base, as argumentações feitas pela autoridade responsável pelo inquérito em questão.

A proposta de lei também estabelece normas para os procedimentos adotados para se conseguir as autorizações judiciais de escutas telefônicas nas investigações policiais, como a devida descrição. Os dados devem conter indícios suficientes para que constem como crime.

* Créditos:
Folha de São Paulo

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Política: eleições 2008


Líderes em pesquisas no Rio mudam programas políticos
Paula Mattäus

Candidatos à prefeitura no estado do Rio de Janeiro apresentam desde o último dia 20, estratégias alternativas, principalmente em propagandas eleitorais exibidas na televisão. No dia anterior, pela primeira vez, foi apresentada a campanha dos candidatos a vereador. As campanhas de maior impacto – a dos majoritários - são finalizadas por especialistas de marketing. A campanha reúne 22 candidatos e tem em sua liderança nas pesquisas, o senador Marcelo Crivella (PRP) e Eduardo Paes (PMDB) que apresentam, hoje, alterações em seus respectivos programas.

Marcelo Crivella, que no último pleito, em 2004, ficou em segundo lugar com 753.189 votos, no qual foi vencido pelo atual prefeito César Maia (DEM), com 1.728.853 votos. É o candidato que tem a maior rejeição entre os demais, em pesquisa revelada pelo instituto Datafolha, no dia 07 de setembro, em uma disputa que reúne Jandira Feghali (PC do B), Solange Amaral (DEM), Fernando Gabeira (PV) e Chico Alencar (PSOL). A pesquisa revela que 33% dos eleitores disseram não votar em Crivella de maneira alguma.
Crivella segue a mesma linha de Lula, que tem como publicitário Duda Mendonça. Duda esteve no Rio, em um hotel para gravar a campanha do senador. Tudo em um clima bem família. Marcelo Crivella se apresentará ao lado da mulher e dos filhos. Crivella, que tenta se livrar do mal estar causado pela paralisação das obras no morro da Previdência, teve programa alterado por decisão da Justiça Eleitoral. O candidato mostra, em programa anterior, uma obra que foi contestada pela favela. A edição apresentava a construção de uma casa em apenas três dias. A casa já existia e teve, somente, telhado e pintura renovados.

A rejeição a Eduardo Paes é de 14%, totalizando 19 pontos a menos que o candidato do PRP. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos. Renato Pereira, responsável pela propaganda de Eduardo Paes (PMDB), disse ao site G1 “esperar os últimos acontecimentos” para fechar a última edição do programa. Garantiu também, a participação do governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), nos programas de seu cliente. Paes é o candidato com maior tempo de exposição no vídeo (6min 48s). A participação do governador ainda não tem data prevista para ir ao ar. “Gravamos com o governador, mas não sei ainda quando vamos divulgar. Quero apresentar as principais propostas e o clima favorável para ele – Paes – recebe nas ruas. Será um programa simples, uma revista eletrônica com as principais agendas dele”, disse o diretor da campanha de Eduardo Paes.

domingo, 7 de setembro de 2008

Política: eleições nos EUA

Pleito se definirá por questão racial

Paula Mattäus*

As eleições norte – americanas definirão, esse ano, uma questão importantíssima. A questão racial. De um lado, John McCain, branco. Do outro, Barack Obama, 46 anos, nascido em Honolulu, Havaí. A retórica de ambos, voltada a pessoas de cor negra e branca, solicita a união dos norte – americanos, mas não exclui o tema racismo do debate político.

Se eleito no próximo pleito, Obama, que tem maioria de votos em estados onde há grande população de negros, poderá realizar o sonho, o grande sonho do líder Martin Luther King Jr. morto em 1968. “Eu tenho um sonho que um dia esta nação se levantará e viverá o verdadeiro significado de sua crença – nós celebraremos essas verdades e elas serão claras para todos, que os homens são criados iguais. (...)Eu tenho um sonho que minhas quatro pequenas crianças vão um dia viver em uma nação onde elas não serão julgadas pela cor da pele, mas pelo conteúdo de seu caráter”.

Em discurso, Obama deixou claro que uma das políticas adotadas, caso venha a ser eleito é a da igualdade entre os homens, já que raça só existe uma. A raça humana. “Não posso renegá – lo (o reverendo Jeremiah Write) pelo mesmo motivo pelo qual não posso renegar minha avó branca, uma mulher que ajudou a me criar, uma mulher que se sacrificou por mim inúmeras vezes, (...), mas que, em certa ocasião, me confessou ter medo dos homens negros que cruzavam seu caminho nas ruas, e que em mais de uma ocasião pronunciou estereótipos raciais que me fizeram estremecer”.

As palavras de Obama muito lembram as Luther King. No ano do 40º aniversário da morte do líder, o senador traz de volta as afirmações que fizeram das palavras de Martin, um dos discursos mais importantes da história, já contando com o apoio de 83% de apoio do eleitorado negro. Palavras infelizes, porém, não deixam de terem presença nas prévias. O ex- candidato à vice – presidência Geraldine Ferraro quando integrava o comitê financeiro de Hillary e renunciou após afirmar que Obama só chegou à liderança da corrida presidencial “porque é negro”. Não só Ferraro expressou esse tipo de opinião. O ex – presidente Bill Clinton disse em campanha de sua esposa que o “senador negro já era um sonho”.

De acordo com estudos de Clayborne Carson, diretor do Instituto de Pesquisa Martin Luther King Jr da Universidade de Stanford, em nenhuma eleição presidencial, desde 1964, a maioria branca e a maioria apoiaram um único candidato.

A intolerância é um tema amplamente discutido nos ambientes sociais e a questão racial, ainda é, nos EUA, um parâmetro importante nas eleições. Os Estados Unidos é um país extremamente racista em que turistas são todos os dias extraditados ou deportados por questões de classe, mas, principalmente, de cor. Obama está sendo um revolucionário, pois, têm em suas concepções uma nova américa criada pela mistura entre brancos, negros, asiáticos e latinos.

Não se sabe ao certo se as questões de raça e dos imigrantes serão pautadas como quesito a ser impresso às urnas. Só se sabe que as eleições norte – americanas se realizarão no dia 4 de novembro. Até lá, muita coisa boa ou ruim poderá acontecer. Até mesmo um possível assassinato de Barack Obama. - Que Deus não permita! -

Vale lembrar que todos aqueles que se demonstraram à revelia do processo imposto, tiveram um final, se não igual, parecido.

* Créditos:
Correio Braziliense:
http://www.correioweb.com.br/

e ao site:

http://www.barackobama.com/

domingo, 31 de agosto de 2008

Política: problema em viaduto é "excesso de opção"



Paula Mattäus

Esqueça caro leitor. Você já deve ter lido em algum lugar: “Brasília, que os nossos horizontes o tragam de volta”, não é mesmo? Sejamos objetivos: todos os caminhos levam a Deus, mas nenhum trazem à Brasília. Vamos ser práticos? Guie teu carro pelas ruas do Plano Piloto e das Cidades – Satélites deste distrito. Encontrou uma opção? Não.

Brasília não foi uma cidade construída para servir aos homens. Os homens são quem servem Brasília. Tá difícil de entender, né? - Vou explicar: recentemente, o governador José Roberto Arruda inaugurou um viaduto na chamada EPTG – Estrada Parque Taguatinga. A este, foi dado o nome de Israel Pinheiro. O motivo da obra? – Atender às demandas da indústria automobilística, que só em Brasília, já despejou mais de um milhão de veículos e mais de cem mil motocicletas, o que, em horários de pico, gera um grande congestionamento, alimentado principalmente depois do centro de Taguatinga até o S I A – Setor de Indústria e Abastecimento.

A população seguia mais de 20 km a reclamar, todos os dias, principalmente nos horários de ida e vinda do trabalho. Sabiam que não tinham outra opção, por isso seguiam. Diferente desta cidade, a cidade de São Paulo têm congestionamentos a perder de vista, mas se queres sair deles, sempre tem uma via expressa ligada por alças de acesso, retornos ou viadutos, o que facilita para quem quer sair de um determinado lugar, chegando rápido ou não ao seu destino.

O problema, com a inauguração do viaduto, (além dos já apontados por esta que vos escreve, tais como: ciclistas que “disputam” calçadas com pedestres, falta de áreas de escape e de ilhas na parte superior da edificação, falta de faixa para ônibus – não se diferencia o que é acostamento de faixa de retenção e por aí vai...), é que a população da cidade, brasilienses ou não, não estão acostumados com facilidades. Os motoristas, principalmente, precisam ser apresentados ao viaduto.

É incoerente o fato de que ele – o viaduto – foi criado para diminuir a concentração de veículos, principalmente os saídos das cidades de Taguatinga, Águas Claras, Vicente Pires e Park Way e mesmo depois das obras, surjam congestionamentos. O “excesso de opções” tem deixado condutores a parar para pensar por onde seguirem, tudo isso por causa das alças de acesso. Como pode - se ver, os homens, mesmo tendo opções ou facilidades, ainda, por um bom tempo, preferirão servir à Brasília... Entendeu? Não? - Deixa eu facilitar para você...

Política: apologia ao crime

Congresso não quer aprovar 68 leis anticorrupção

Paula Mattäus

De acordo com o apurado pelo site do Contas Abertas, em reportagem do jornalista Milton Júnior, vários Projetos de Lei que visam a punição e a prevenção à corrupção, de classificação prioritária, são de vital importância para entrar na “Ordem do Dia”, porém, alguns levam 15 anos para serem votados. Se por ventura estes projetos fossem aprovados, o país contaria hoje com, pelo menos, 68 leis de controle da corrupção.

Para se ter um exemplo de como estas leis poderiam ajudar a população, em um ano de eleições municipais, há candidato que leva em seu currículo a experiência de ter cometido seqüestros ou assaltos, por exemplo. Só para se ter uma idéia, está se propagando o pedido de que os eleitores, ao votarem, tirem retratos da urna eletrônica a fim de atestar sua preferência pelo candidato da “bandidage”.

Em apenas um ano, a exemplo de 2007, foram apresentadas 31 propostas de combate à corrupção – o que corresponde ao mesmo número de propostas sugeridas entre os anos de 1993 e 2006. Neste ano, mais cinco projetos de lei foram colocados a disposição dos parlamentares. Estes projetos tinham a temática direta ou indireta sobre corrupção. Alguns destes projetos tramitavam em conjunto.

O jornalista também aponta a imunidade parlamentar como um dos principais alicerces para casos de escândalos, muitas vezes protagonizados pelos mesmos “artistas”, porém, não se pode deixar de enumerar outros fatores, como o sigilo bancário excessivo, a falta de transparência nos gastos públicos, a elevada quantidade de funções comissionadas e a morosidade da Justiça, para não dizer lerdeza mesmo, como os principais fatos a facilitarem atos de corrupção.

Outro fator é a falta de fiscalização e critérios para elaboração e repasses de recursos de emendas parlamentares. Aliás uma das propostas, de autoria do deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS), era de caracterizar como crime a utilização das emendas parlamentares à lei orçamentária como instrumento de barganha para influir na apreciação de proposições legislativas em tramitação no Congresso. O que, em suma, “cessaria” os jogos entre governo e oposição e alguns “parariam” de brincar de legislar, o que evitaria tristes seções de apelação à falta de bom senso, como a que culminou no fim da cobrança da CPMF, em dezembro de 2007.

Outro ponto levantado por Júnior, foi a divulgação pela Associação dos Magistrados Brasileiros que divulgou, no dia 22 de agosto, os primeiros dados sobre candidatos à eleição desse ano e suas respectivas infrações perante a justiça – os apelidados de “ ficha suja”. Se o Plano de Lei 168 tivesse virado lei, ou seja, se ele tivesse sido aprovado, a justiça tinha um instrumento para impedir à candidatura de indivíduos já condenados por crimes graves a terem acesso a cargos eletivos. O PL 168 é o mais antigo dos projetos que tramitam no Congresso - desde 1993.

domingo, 24 de agosto de 2008

Política: mais uma medalha de bronze para o Brasil

Lula é o 3º presidente latino-americano mais bem avaliado

da Efe, em Santiago


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva é o terceiro líder mais bem avaliado da América Latina --atrás apenas dos chefes de Estado da Colômbia, Álvaro Uribe, e da Costa Rica, Óscar Arias - segundo o centro de pesquisas Barómetro de las Américas, que realizou a pesquisa divulgada hoje pelo jornal chileno "El Mercurio".
A presidente chilena, Michelle Bachelet, aparece em nono lugar, seguida dos líderes de Bolívia, Evo Morales, Argentina, Cristina Fernández de Kirchner, e Venezuela, Hugo Chávez.
Outros dados da pesquisa indicam que a percepção da democracia no Chile como melhor sistema de governo é apoiada por 69,5% dos consultados, número inferior aos 75,1% de chilenos que achavam o mesmo em 2006.
A pesquisa informa ainda que 59,9% dos chilenos preferem a democracia a outros sistemas, enquanto 13,6% escolheram um regime autoritário em vez de outros.
Em comparação com a região, a Argentina figura como o país com maior adesão à democracia, com 86,9%, enquanto no outro extremo está Honduras, com apenas 59,9% de adesão. No Chile, a amostra esteve a cargo do Instituto de Ciência Política da Universidad Católica, que entrevistou 1.527 pessoas entre 7 de dezembro de 2007 e 9 de janeiro de 2008 e que tem uma margem de erro de 2,57%.

domingo, 17 de agosto de 2008

Política: governador “dá bananas” para eleitores


Paula Mattäus

Foram inaugurados nesse sábado, 16 de agosto, pelo governador José Roberto Arruda, em cerimônia, novos quatro viadutos que irão desafogar o trânsito no sentido Taguatinga – Plano – Piloto e também no “Vicentão” – sentido Vicente Pires – Taguatinga. Estavam presentes ao evento, entre a dúzia de autoridades, o secretário de Esportes, Aguinaldo de Jesus, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, o vice – presidente da República, José Alencar e outro vice. O do governo do Distrito Federal, Paulo Octávio.
Os moradores de Águas Claras, Arniqueiras, Park Way e Vicente Pires, (os que possuem carro, obviamente), terão uma melhoria que resultará na redução do tempo percorrido entre idas e vindas do centro da cidade para estas. Em contrapartida, alguns problemas simples passam despercebidos por aqueles que, de certa forma, não foram prejudicados como os usuários do sistema coletivo de transporte, aqueles que vão de cidade para outra à pé ou de bicicleta, ou mesmo os trabalhadores que se utilizam de veículos de tração animal para ganharem o pão, (os carroceiros).
Não foram priorizadas áreas para as práticas de cooper e ciclismo, por exemplo. Os trabalhadores ou moradores que precisem se deslocar de cidades como Águas Claras ou Park Way rumo a Vicente Pires, correm risco de morte caso não façam uso das pistas marginais que dão acesso às pistas de base dos viadutos. Ao sairem delas, felizmente há semáforos, o que diminui o transtorno.
Porém, os que seguirem caminhando e optarem por tomar as vias expressas terão de ter atenção redobrada para isso. Uma solução que já existia e “sumiram” com ela, foi a passarela de pedestres que havia, naquela região, para dar mais segurança à passagem dos mesmos. Contudo, outras medidas de menor porte foram adotas.
Jacas no Cruzeiro. Mangas, abacates, jabuticabas e pitangas no Plano Piloto e, agora, cocos e bananas poderiam ser colhidos se as bananeiras e palmeiras que foram plantadas a mando do GDF – Governo do Distrito Federal –, no sentido “Vicentão” – Park Way dessem frutos.
Seria um incentivo ao desenvolvimento sustentável na cidade, uma melhoria na dieta dos moradores de rua ou dos meninos que ficam nos sinais, a fazerem malabarismos, que além de terem opções para a salada de frutas, (algumas não dão o ano todo...), também poderiam ter mais qualidade de vida, sódio, potássio, vitaminas e sais minerais. Aliás, toda a população poderia ser beneficiada, mas até para isso o governo não usa o bom senso. Quem planta colhe...

domingo, 3 de agosto de 2008

Política: uma perda para o meio - ambiente



Ministro deixa Partido Verde

Paula Mattäus

Para surpresa de quem torce pelo governo e para desentendimento geral da nação, sabe – se que aqui, agora, em Brasília, se trabalha. E muito. É o que descobriu o agora ex – ministro da Cultura Gilberto Gil. As coisas na cidade estavam tão fora dos padrões, digamos, baianamente falando, aceleradas, que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o tinha liberado de sua função para a realização de shows, enquanto ele estivesse em tournée. Mesmo assim, após cinco anos a frente do ministério, Gil decidiu retomar a carreira artística e abandonar o partido.
Com sua saída, outro que, - assim como a governadora do Rio Grande do Sul Yeda Crusius, (PSDB – RS) dá demasiada importância ao verde, só para lembrar: a senhora Crusius foi a primeira governadora a criar uma fábrica de plástico verde no país – coincidentemente, outro a deixar a coisa preta para o Brasil, já que a sua permanência no governo era bem vista pela comunidade internacional.

O ministro, que deixa o cargo, só pediu uma coisa ao presidente da República: "Não, não chores mais... Não, não chores mais".

quinta-feira, 3 de julho de 2008

Política: refletir é preciso

Paula Mattäus

Sei que seria um pleonasmo de minha parte, mas não poderia deixar de reproduzir a Coluna Nas Entrelinhas, escrita pelo jornalista Gustavo Krieger, do jornal Correio Braziliense, às segundas e às quintas – feiras na referida publicação. Sei que alguns dirão que estou fazendo média, que sou puxa – saco... Isso, pelo fato de que conheço o jornalista. Não me importa. Não estou a me apropriar da obra intelectual deste senhor, o que constituiria, claramente, plágio. Desde já, peço desculpas ao senhor Krieger, se por ventura não venha gostar. Até porque, estou a citar a fonte.
Estou a reforçar as palavras de Krieger, por achar que o texto titulado “Depois daquele abraço”, ilustra, de maneira simples, como a percepção sobre as atitudes dos demais deve ser algo a ser tomado como objeto de estudo, o que reforça, para esta que vos escreve, a sensibilidade de seu autor para com o próximo. Gostaria que, suas palavras não motivassem apenas discursos, o que é de praxe na política. Quero, sinceramente, que a classe colocasse a mão na consciência e pusesse em prática boas ações. Atitudes civilizadas, estas, que deveriam partir, primeiramente, do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.
Homens de verdade, deixam seus orgulhos e interesses de lado para promoverem ações que sirvam ao bem comum, mesmo que estas fujam aos seus interesses. Buscam serem justos, acima de tudo. Esse é o tipo de atitude que esperamos daqueles em que votamos, pois, homens de bem representam homens de bem. Pelo menos, esperamos que seja assim...
Queremos nos espelhar em bons exemplos, apesar de que, isso pareça utópico. Se os sentimentos de justiça, amor e respeito forem verdadeiros, muita coisa irá acontecer, com certeza... Depois daquele abraço.

Segue abaixo, o texto de autoria do jornalista Gustavo Krieger. Espero que, assim como eu, gostem:

Depois daquele abraço

Seria bom se a política pudesse ser mais civilizada. Seria uma justa homenagem a dona Ruth. Mas é difícil acreditar

Por Gustavo Krieger
gustavo.krieger@correioweb.com.br

A imagem da política na semana passada foi o abraço do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em Fernando Henrique Cardoso, durante o velório de dona Ruth. Eles foram além do protocolar aperto de mãos e quem assistiu à cena ficou com a impressão de que havia no gesto uma carga maior de verdade do que a vista normalmente nos contatos entre os políticos. Mas até que ponto o abraço é pessoal ou político? E mesmo que tenha sido pessoal, vai gerar efeitos políticos?

Durante o velório, o presidente conversou com o governador de Minas Gerais, o tucano Aécio Neves. Lamentou a distância entre PT e PSDB. “Temos os mesmos amigos. É curioso que estejamos tão distantes”, comentou o presidente. Ao voltar a Brasília, Lula repetiu a interlocutores próximos a mesma questão. Especulou se não seria a hora de tentar uma aproximação com os tucanos. Ao menos para maneirar o tom dos ataques trocados entre os caciques dos dois partidos.

Seria bom se a política pudesse ser mais civilizada. E seria uma justa homenagem a dona Ruth Cardoso se esse tipo de gesto surgisse de sua memória. Mas é difícil acreditar.

O presidente fez seu comentário com Aécio Neves, um tucano de quem ele comprovadamente gosta. O governador é um parceiro político do prefeito de Belo Horizonte, o petista Fernando Pimentel. Em conversas reservadas, Lula já disse mais de uma vez que gostaria de ver o governador mineiro como seu sucessor no Palácio do Planalto. De preferência eleito por um partido da base do atual governo, como o PMDB. Mas, se isso não fosse possível, como representante de um PSDB moderado. Aécio já se definiu como um presidenciável “pós-Lula” e nunca como a antítese do atual governo.

Diante dessas condições, Pimentel e Aécio montaram um acordo para levar PT e PSDB ao mesmo palanque. Seria um ensaio da tal convivência civilizada entre as duas legendas. Para não melindrar ninguém, o candidato viria de uma terceira legenda, o PSB. O acordo foi detonado por tucanos e petistas. A Executiva Nacional do PT recomendou distância entre as duas legendas. Isso, apesar de Lula ver o acordo com bons olhos.

Lula e Fernando Henrique têm uma relação complicada. Já foram aliados, respeitam-se mas esbarram num ponto incontornável. Cada um usa a si mesmo como critério de medição do governo do outro. Quando Lula repete o bordão de que “nunca antes na história desse país” um presidente fez tanto quanto ele, está mirando em Fernando Henrique. O ex-presidente sabe disso. Poucas coisas incomodam tanto Lula quanto uma entrevista de FHC batendo em sua gestão. E uma forma infalível de abalar a fleuma de Fernando Henrique é colocá-lo a assistir um discurso do atual presidente.

Os dois conduziram uma transição democrática admirável . E não se perdoam por isso. FHC acha que as críticas de Lula ao seu governo não retribuem a fidalguia com a qual foi tratado. E Lula… Bem, Lula acha a mesma coisa de Fernando Henrique.

O presidente chegou ao velório acompanhado por uma grande comitiva de ministros. Um sinal do prestígio de dona Ruth. O que pouca gente sabe é que antes de embarcar, o presidente conduziu uma discussão entre seus conselheiros. A dúvida era se seria de bom tom a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, comparecer ao funeral. Afinal, poucos dias antes, o PSDB pedia a queda de Dilma, acusada de ter usado dados confidenciais do governo para produzir um dossiê com gastos de cartões corporativos no governo Fernando Henrique. Entre as compras selecionadas, destacavam-se as atribuídas a dona Ruth.

Tucanos e petistas com quem conversei, duvidam de uma aproximação. Não que existam diferenças ideológicas insanáveis. Ao contrário. O pensamento dos dois partidos é muito parecido, como mostram as gestões de Lula e FHC. O problema é outro. As duas legendas são os pólos da disputa pelo poder no Brasil. E isso, não há abraço que supere.

Nada disso significa que o sentimento demonstrado por Lula na despedida de dona Ruth seja falso. Muitas vezes nos enganamos ao destituir os políticos da dimensão humana. Eles são pessoas, mesmo se não pensarmos muito neles dessa forma. Lula respeitava Ruth Cardoso. A morte dela tocou as pessoas que acompanharam sua trajetória política. E mais ainda as que conviveram com ela. Os olhos de Fernando Henrique, ainda vermelhos pelo choro, são uma imagem de vulnerabilidade rara. Momentos como esse trazem à tona o melhor das pessoas. O problema é que o cotidiano da política faz com que o sentimento não dure muito.

domingo, 29 de junho de 2008

Política: eleições 2008

Sem presença de Lula, Marta lança candidatura em SP

Paula Mattäus

Hoje, a ex – ministra do Turismo, Marta Suplicy, (PT - SP) e Aldo Rebelo (PCdoB - SP) tiveram a chapa homologada em convenção do Partido dos Trabalhadores para concorrer à Prefeitura de São Paulo nas eleições municipais de 2008. Utilizando – se de um banner com a foto do presidente Lula e copiando o slogan mais famoso nas campanhas de Luiz Inácio Lula da Silva, “Deixa o homem trabalhar”, obviamente com as devidas adaptações, Marta tomou o palanque ao som de um forró, quando foi anunciada como a futura prefeita.
Sem os costumes de praxe, - os tailleurs da maison Chanel - , e com pouca maquiagem, Marta, a exemplo da nova imagem que exibe em cartazes, tenta passar a imagem de figura popular, distante daquela que apresentava quando prefeita da cidade de São Paulo. Enquanto enchentes inundavam e carros rodopiavam nas rodovias, ela o fazia em festas como as dos Safra.
E por falar em enchentes e rodopios, a candidata do PT critica a gestão Serra-Kassab e defendeu a criação de um plano de governo que consiste em resolver o caos do trânsito, da saúde e educação.
No caso do trânsito, espera – se que as investigações sobre as obras do Rodoanel, onde houve super faturamento, sejam concluídas efetivamente, para que se possa descobrir onde está a verba desviada da obra. "São Paulo vai mudar. A população está cansada do modelo de enrolação social e das soluções de faz de conta", disse Marta, que também fez questão de atrelar o nome de Gilberto Kassab (DEM - SP) à administração do ex-prefeito Celso Pitta, de quem ele foi secretário.
Vale lembrar que algumas obras feitas na gestão Suplicy tiveram problemas, tanto pelos excedentes de custos de gestão e operação, como pela não – finalização e, que obras de infra – estrutura e saneamento básico aparecem no orçamento, entretanto, não poderiam ser conferidas por debaixo da terra. Não poderiam ser conferidas se não fossem os “picinões”. (Os “picinões” foram criados para ajudar a escoar as águas das chuvas e evitar que haja o transbordamento dos rios Tietê, Pinheiros e Tamanduateí para as pistas das marginais e evitarem, assim ,as enchentes).
Como as obras de canalização das águas pluviais não foram concluídas efetivamente, em época de chuva, os “picinões”, ao invés de fazerem o escoamento das águas, as acumulam. Estes, acabam por transbordarem, e o pior. Viram verdadeiros depósitos de lixo a céu aberto. Conclusão: deveria se rever o conceito sobre enrolação social e ações de faz de conta.
As bandeiras da chapa, batizada como "Uma nova atitude para São Paulo", são o transporte, a saúde e a educação. "O trânsito é um inferno particular e coletivo de todo paulistano. A saúde nunca teve alta", disse Marta, que também garantiu que vai continuar os projetos de quando foi prefeita, como o Bilhete Único e os CEUs.
Ao término dos discursos, os principais líderes petistas reuniram – se no palanque. Estava também presente à convenção, o Senador Eduardo Suplicy, que fez campanha a favor de sua ex – mulher, a quem fez vários elogios.

"Companheiro" onipresente

Pôde ser sentida por cerca de 1.300 presentes ao Expo Barra Funda, zona oeste da capital, apesar de não ter comparecido à convenção, a presença de Paulo Pereira da Silva (PDT - SP), o Paulinho da Força. A aliança com o bloquinho (PCdoB, PSB, PDT, PTN, PRB) causou desconforto durante a aprovação das propostas de governo.
"Para quê fazer alianças com o PDT? Nós temos que ser contra. Um partido para fazer aliança com o PT tem que ser voltado ao movimento social e não a pessoas como Paulinho da Força, que só trazem podridão ao partido", disse. O vice da chapa, Aldo Rebelo, defendeu a coligação, que chamou de "vitória política". "Vamos enfrentar dificuldades e vamos vencer", disse Aldo.

Deixa o homem trabalhar

Lula não pode antecipar o processo eleitoral. Também não pôde estar presente à convenção. Sobre a aliança com o bloquinho, a chapa é ideal,principalmente quando se pensa em 2010, ano da eleição presidencial. É o que afirma o deputado federal Jilmar Tatto (PT - SP)

Estrela cadente

A pesquisa do Ibope, de 25 de junho, mostra que Marta Suplicy aparece com 31% das intenções de voto. Geraldo Alckmin, do PSDB, aparece com 25%. Ou seja, estão tecnicamente empatados na pesquisa. Isso porque, a margem de erro da referida é de quatro pontos, para mais ou para menos. Marta é também a candidata que tem o maior índice de rejeição. Com base nesta mesma pesquisa, ela é rejeitada por 32% dos entrevistados.
O que poderia justificar a rejeição, entre outros fatores, seriam as medidas e excessos de tributos criados pela petista em sua gestão. Quando era a prefeita da cidade de São Paulo, ficou conhecida pela alcunha “Martaxa”. Medidas estas que,somente agora, ano de eleições, disse se arrepender.

domingo, 22 de junho de 2008

Política: eleições municipais

Candidatura de Geraldo Alckmin é oficializada em SP

Paula Mattäus

Hoje, o ex – governador Geraldo Alckmin, em convenção de seu partido, foi oficializado candidato do PSDB à prefeitura de São Paulo. Com a participação do governador paulista José Serra e sem o apoio da bancada de vereadores, Alckmin e Gilberto Kassab vão disputar voto a voto e levar para as eleições outra disputa: a interna dos tucanos. Ontem, José Serra retirou o apoio que dava a chapa e ao partido à candidatura do prefeito Gilberto Kassab (DEM). A candidatura de Kassab foi oficializada em convenção do Democratas no dia 14.
O ex – governador, Geraldo Alckmin, disse a jornalistas antes do início da convenção, ser mais que natural em um partido da proporção do PSDB que haja opiniões divergentes quanto a quem seria ou não o melhor candidato a disputar o pleito, para ele, com sua escolha, as divergências chegaram ao fim. “Agora é trabalhar por São Paulo”. Alckmin também afirmou que vai dar apoio à eleição dos vereadores que estão na chapa kassabista. "Todos contarão comigo. Vou trabalhar por eles", disse.
Em discurso, na convenção ocorrida na Assembléia Legislativa, Serra, que fez Alckimin aguardar o início da cerimônia da convenção, tentou separar o racha do PSDB municipal da corrida pela eleição presidencial de 2010. Alckimin, que em 2006 entrou em uma “saia justa” por ter sido mal escolhido pelo PSDB para concorrer à eleição presidencial, agora dá espaço a José Serra, para que ele se confirme, ou não, como a melhor opção do partido. Antes do início da convenção, o principal articulador da tentativa de obter apoio tucano à candidatura de Kassab admitiu que emissários de Serra fizeram um apelo pela desistência da chapa.

De olho no Planalto

Serra, em seu discurso, também tentou desvincular a eleição de 2010 com as eleições municipais, em especial, a paulistana. "Há um mito criado nos últimos meses com relação a 2010. Na verdade não é 2010 que está em jogo nesta eleição. O que está em jogo é a cidade de São Paulo", afirmou Serra, que tem trabalhado dentro do PSDB a indicação para ser o candidato da sigla na sucessão presidencial.
Com o apoio que dá a candidatura Kassab, o que Serra deseja é que, futuramente, se confirme a garantia de apoio dos Democratas e que este corresponda às suas necessidades. Isso porque em 2004, PSDB e DEM elegeram Kassab, então conta com o DEM em 2010 e no segundo turno. "Se a aliança não se traduziu em uma candidatura única, ela tem, sim, que se traduzir no segundo turno".
Quando o assunto é eleição presidencial, Alckimin prefere sair pela tangente: disse que vai atuar para unir as candidaturas de Serra e do governador de Minas Gerais, Aécio Neves, que também pretende ser candidato pelo partido. "Vencendo, vou cumprir os quatro anos de mandato, eu já fui governador. O Serra sempre contou comigo, vai contar comigo em 2010. Eu vou trabalhar para unir os dois (Serra e Aécio), aliás os três, tem o (senador) Arthur Virgilio também", disse. O vice na chapa com Alckmin é o deputado estadual Campos Machado, do PT. Pesquisas Datafolha e Ibope indicam Marta Suplicy (PT) e Alckmin tecnicamente empatados na liderança e Kassab em terceiro.

domingo, 15 de junho de 2008

Política: luta contra a corrupção




Real Feitoria do Linho Cânhamo luta para manter tradição


Paula Mattäus


Fala – se tanto da questão separatista do Rio Grande do Sul, porém, o estado não foi o precursor disso. Levando – se em conta que a Confederação do Equador ocorreu em 1824, a Guerra dos Farrapos só se iniciou em 1835, ou seja, 11 anos após o movimento nordestino, então porque ficar relembrando só a história sul – riograndense? Por conta da chamada tradição. O Rio Grande do Sul não está nem perto de Brasília. Dizem, e acredito, que a fé remove montanhas. Só espero que o Rio Grande não saia de lá, porém está saindo e, infelizmente, muito mal no cenário político nacional.
O Rio Grande do Sul leva política a sério, os estudantes são politizados, os protestos são válidos. A maior bancada do Congresso, em termos de naturalidade, é gaúcha, em segundo lugar, a mineira. Só para lembrar, quem “acabou” com a política do Café com Leite, foi um gaúcho, apesar de que Café assumiu e depois voltou o gaúcho, mas essa é outra história. Seria extremamente válida a declaração da governadora Yeda, se ela demitisse o vice – governador e, depois renunciasse ao mandato, o que seria uma nova experiência, não só para a política gaúcha como também, para a política brasileira.
A Confederação do Equador só ganhou este nome devido a sua proximidade geográfica com a Linha do Equador e, nada mais foi que um movimento de caráter separatista que teve início com a ação de lideranças e populares pernambucanos. Eles só queriam entrar no meio da “festa” para melhor passarem. Não satisfeitos com isso conseguiram convites para outros estados do nordeste: Rio Grande do Norte, Ceará e Paraíba também se juntaram ao movimento. Os revoltosos buscaram criar uma constituição de caráter republicano e liberal, queriam a abolição da escravatura e a criação de um outro país dentro do Brasil.
Existem vários “países” dentro da nossa nação. Uma coisa que tem que ser lembrada é que a corrupção não é um problema estadual, muito menos regional. Infelizmente, ela está a contaminar, se não todos, a maioria dos governos. Isso não é um “privilégio” único e exclusivo do Rio Grande.
Espera – se, com bom senso, que um país que deseja se separar de outro tenha condições mínimas para gerir sua própria administração. Ao rever a história sobre a Confederação do Equador, me lembrei da ex – República Tcheco – Eslovaca. Seria sensato pensar que o lado rico desejasse se separar do pobre, pois esse diminuiria as riquezas da nação, o que me fez lembrar também os “ Osies” e os “Wesies” da Alemanha, com aumento da taxa de desemprego e a baixa na economia, após a queda do muro de Berlim, certo? Errado.
Pelo incrível que pareça, a República Tcheca se separou da Eslováquia, porque o país pobre estava a temer que o outro, rico, deixasse o lado pobre cada vez mais pobre... Vê se pode! Na versão brasileira, se encararmos a “revolta de boteco” do Frei do Amor Divino Caneca, um movimento igual, ou mesmo parecido ao da República Tcheca, estaríamos a pecar e gravemente. O movimento do Frei aconteceu em uma época em que o nordeste do Brasil concentrava a riqueza do país, o que hoje, vem a acontecer com o centro – sul, sendo assim, infundadas as idéias de que os sulistas, principalmente os gaudérios, carreguem uma cartilha com o dito e suposto “ Destino Manifesto” tupiniquim.
A Real Feitoria do Linho Cânhamo era o nome que o Rio Grande do Sul tinha, antes dos açorianos ocuparem o estado. Ela era assim, uma província pobre, como as que existem no nordeste. Ninguém queria se envolver politicamente e economicamente com ela. Ainda tem gente que acha não existir afro – descendentes lá. Isso é uma pilhéria, porque não existiria? Acham que os sulistas carregam preconceito em suas veias. Esse mesmo mito se segue quando se fala de corrupção. Sim, existe também. Entretanto, sabe qual é a diferença entre a província sul – riograndense das demais existentes no país? É que lá se luta para que as coisas ruins não passem de mitos. Essa é a tradição.

sexta-feira, 13 de junho de 2008

Refinado Presente entrevista:

Bem à moda da casa


Por Paula Mattäus


Fábio Ibiapina, 28 anos, desde os 16 trabalha profissionalmente com edição. É filho de jornalistas e sempre conviveu com os bastidores da notícia. Desde cedo aprendeu bem a lição de como “vestir a camisa”. Ele bem que poderia trabalhar nas relações públicas da emissora, afinal fala muito bem dela - A Rede Globo de Televisão, embora não prefira por se considerar uma pessoa tímida. “Por conta disso optei por trabalhar na cozinha da redação, atrás das câmeras”, diz. Se timidez e propaganda rendem prêmios, Fábio tem muito a comemorar: suas edições já ganharam os prêmios CNT, Embrapa e Ethos.

P.M.: O que há de melhor, para o senhor, na profissão de jornalista?

F.I.: A oportunidade de ajudar pessoas, ajudar o País, formar opiniões e ser agente de transformação político-social.

P.M.: Edição é um trabalho primoroso em que o senhor tem a missão de "lapidar" as matérias e dar finalização aos desejos de quem as propôs. Por que quando as idéias estão em um papel, são poucos a quererem abraçá – las e quando os senhores, editores as finalizam, todos querem os projetos para si ? Gostaria que o senhor também explicasse como funciona a indústria dos prêmios.

F.I.: Não concordo com essa colocação. Televisão é feita com trabalho em equipe. Para uma matéria sair do papel, é preciso que todos abracem a causa. Na minha opinião, não existe uma indústria de prêmios.

P.M.: Recentemente, com a tua edição, com reportagem de Fábio William, a série sobre presídios exibida pelo Jornal da Globo trouxe uma nova visão sobre o que é se trabalhar com a nossa praça (Brasília), a edição que o senhor fez desbancou as das principais (Rio de Janeiro e São Paulo). O que falta para que o trabalho produzido aqui seja visto com mais respeito? O senhor se considera um "divisor de águas" neste processo?

F.I.: Primeiro, gostaria de deixar claro que não existe uma competição entre as praças, por isso considero o termo "desbancar" inadequado. Na Globo, não existe uma divisão de praças mais e menos importantes. Dentro da Rede, todas têm importância. Por Brasília não ser uma cabeça de rede, isto é, não ter nenhum jornal ancorado por aqui, muitas vezes, equivocadamente, é vista como uma praça de menor importância. Mas, na prática, não é assim. A Capital Federal é a maior fonte de notícias dos telejornais da TV GLOBO. Fornecemos uma média de quatro matérias diárias para o Jornal Nacional, que é o carro - chefe da empresa. Para você compreender esse montante, o Rio fornece uma média de duas matérias e São Paulo três. O trabalho feito em Brasília é muito respeitado. Temos grande participação em todos os telejornais. Temos também o jornalista mais premiado da Globo, que é o repórter Marcelo Canellas. Sem contar as inúmeras séries especiais que já foram editadas por aqui, para os mais diversos produtos da casa. A TVG Brasília também é considerada uma grande escola. Renomados jornalistas saíram de lá. Para citar alguns exemplos: Marília Gabriela, Celso Freitas, André Junqueira, Marcos Hummel, Eliaquim Araújo e Leila Cordeiro, Leilane Naubert, Fábio Willian, Tadeu Schmidt, Ismar Madeira, Heraldo Pereira, Chico José, Beatriz Castro, Alexandre Garcia, Giuliana Morrone, Leila Sterenberg, Ana Paula Padrão, Júlio Mosquéra, Franklin Martins, Paulo José Cunha, Adriana Araújo, Renato Peters, Veruska Donato, dentre muitos outros. Não me considero um divisor de águas.

P. M.: A série sobre presídios - Apagão Carcerário - , abordou vários temas dentro da realidade do cárcere. Uma delas é a corrupção. Com relação a CPI – Comissão Parlamentar de Inquérito – do Sistema Carcerário, qual é o sentimento que o senhor tem em relação a ela ? Pensa que, como as demais, a única contribuição que dará ao País será o agravamento do sistema?

F.I.: Meu sentimento é de grande entusiasmo. Só foi possível realizar a série Apagão Carcerário graças à CPI, que escancarou a porta dos presídios de vários estados do Brasil. Estou bastante otimista com o relatório que será publicado na próxima semana. Acredito que a CPI contribuirá para a melhoria do nosso sistema carcerário. Um prova disso são as providências que já estão sendo tomadas. No Rio Grande do Sul, por exemplo, irão implodir o Presídio Central.

P.M.: Com relação à televisão digital, o que o senhor espera de mudanças em teus trabalhos?

F.I.: A TV digital trará maior qualidade técnica às matérias. Quem ganha é o telespectador.

P.M.: Falar do que é editado e o produto final de uma edição implica uma série de interesses; nesse processo, muitos dão palpites e não querem que estes, mesmo que ruins, sejam rejeitados. Sabemos que, em todas as profissões, há aquele que se considera "a estrela", como é, para o senhor, ter que lidar todos os dias com isso?

F.I.: Acho que a nossa maior dificuldade e grande desafio é lidar com o próprio ego.

P.M.: Sobre o “acordo entre cavalheiros”, um diz que não vai dar determinada matéria, faz com que os demais colegas aceitem o fato e, para "mostrar serviço", quebra com o acordo, o que coloca todos os senhores, produtores ou não das reportagens, contra a parede. O que o senhor acha a respeito disso? Não seria antiético privar os telespectadores do que seria de seus interesses para somente atenderem aos benefícios dos senhores?

F.I.: Do tempo em que trabalho na Globo, nunca soube de nada parecido.

P.M.: Para o senhor, quais são os prós e os contras de se trabalhar na empresa dos Marinho? O senhor pensa ser antiético responder a esta?

F.I.: Os prós são muitos: o alcance de público que a empresa tem; a seriedade com que a Globo trata seus funcionários e telespectadores; a grandiosa estrutura que nos permite realizar um trabalho sério de qualidade; a competência dos profissionais, que faz da empresa uma grande escola; o compromisso social; dentre inúmeros outros. Acho que os maiores contras são as idéias de conspiracionismo que o senso comum cria e os mitos que delas resultam.

P.M.: Por que tudo começa onde está a "vênus platinada" da televisão? Fico muito feliz de saber que a polícia trabalha bem depois que aparece nela, denúncias são feitas, o erário serve à sua real destinação, corruptos são julgados, mesmo que não sejam cassados...Dá uma alegria sabe...

F.I.: Por conta da grande audiência, as matérias veiculadas na TV GLOBO acabam tendo uma maior repercussão. Isso sem dúvida exerce grande influência no agendamento - setting.

P.M.: Um real exemplo de que tudo começa onde " a líder" está, ocorreu no primeiro trimestre de 2002, quando do escândalo sobre o dinheiro "encontrado" no escritório da então candidata Roseana Sarney, aquela história com a Usimar. Por incrível que pareça, mesmo antes que a Polícia Federal chegasse, os senhores já estavam lá. Meses depois, aqui em Brasília, eu, sim, pelo fator destino, estava próxima de um hangar, quando a viatura dos senhores lá chegou, isso dez minutos antes dos Federais. Só para lembrar: isso se deu naquela operação que apreendeu mais de duas dezenas de milhões com advogados da Igreja Universal do Reino de Deus. Diante de fatos, quero argumentos:

F.I.: Não é que as coisas começam onde a Globo está, poderíamos concluir que nesses casos citados, por meio de um profundo trabalho de apuração, a TV GLOBO conseguiu chegar primeiro para cobrir a notícia. Isso é o resultado de muito trabalho e dedicação de diversos profissionais que trabalham nos bastidores.

P.M.: Primeiro, como os senhores separam os espetáculos daquilo que é uma verdadeira notícia?

F.I.: Sabe aquela história do segredo de Tostines? Penso que no jornalismo ocorre o mesmo. Muitos espetáculos são verdadeiras notícias e muitas notícias se transformam em verdadeiros espetáculos, principalmente quando se lida com um maior número de telespectadores. Por exemplo, o caso das torres gêmeas já é por natureza um espetáculo. Por conta disso, deixa de ser notícia? O caso Isabela tornou-se um espetáculo, mas nem por isso era uma falsa notícia.

P.M.: Segundo, como confiar em quem lhes dão tais informações, pois não existem, para mim, coincidências, são pessoas tão importantes assim, ocupam cargos de destaque por acaso? Não custaria nada nos dizer...Quem são ?

F.I.: Realmente não podemos confiar em uma única fonte de informação. Por isso é importante um minucioso trabalho de apuração antes de veicular qualquer notícia.

(Uma hora eu consigo, caros leitores, não foi desta vez, porém me dou por satisfeita...Mas vou continuar tentando... Estou na luta! Fábio, você podia ter respondido!)

P.M.: Como nós, os telespectadores, podemos acreditar naquilo que é ou não editado? Qual o compromisso dos senhores com a informação, e qual é a responsabilidade da emissora com o nos bem informar e verdadeiramente informar?

F.I.: O compromisso da TV GLOBO é com a verdade e com o público. Isso resulta em credibilidade, que gera audiência. O Compromisso de nós jornalistas é o de levar ao telespectador a melhor e mais bem apurada informação. Mas acho que para você ficar bem informada é preciso buscar diversas fontes: jornais, revistas, blogs, agências de notícias. Essa pluralidade é importante para se ter um senso crítico equilibrado, que não seja nem romântico nem radical.

P.M.: O senhor, como cidadão, como se sente ao ver o retrato político do País?

F.I.: Analisando a nossa recente História, fico bastante otimista com os avanços que alcançamos. Temos hoje uma democracia séria e consolidada. Ao me deparar com a realidade do País, como a que mostramos nas séries Apagão Carcerário, Fome, Educação, Falcão Meninos do Tráfico, dentre várias outras notícias tristes que divulgamos, fico sensibilizado e bastante preocupado com o longo caminho que ainda temos que percorrer para transformar o Brasil em um país justo. Mas isso me motiva cada vez mais a lutar pelos meus ideais e pela melhoria de condição de vida dos meus irmãos brasileiros.

P. M.: A política editorial da empresa já o penalizou por alguma matéria que,
para ela, não seria de seu agrado ? Qual foi?

F.I.: Não. Esse tipo de atitude não faz parte da política da TV GLOBO.

P. M.: O que faria se ganhasse um prêmio na loteria? Abandonaria a profissão?

F.I.: Nunca abandonarei o jornalismo. Certamente eu montaria uma produtora e faria muitos documentários para mostrar o Brasil que não conhecemos.

P.M.: Como o senhor se definiria politicamente falando?

F.I.: Um cristão.

Agradecimentos: agradeço a Deus e ao seu filho, o militante do PC - Patido Cristão, Fábio Ibiapina da...(Não posso dizer o nome da emissora porque vai rimar...Aí não dá certo).